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  • Foto do escritorOtavio Yagima

Crônica #88 | Sintonia da fé

Instrumento da misericórdia divina.



O que você encontrará nesta crônica:


A fé é necessária para os que vivem e buscam uma vida com sentido? Hoje porém, a vida está sob o domínio de crenças, de falsas idolatrias, onde essas idolatrias e os louvores estão direcionados a figuras onde se projetam ilusórios desejos de conquistas, não se tendo mais portanto, uma verdadeira ligação com o nosso Pai Celestial. As pessoas perdidas e sem um rumo na vida, são reflexos da perda da fé? Imaturos como somos, vivemos mais na tridimensionalidade, num paradigma materialista onde a incredulidade do ser humano inunda de céticos este nosso mundo. A Ciência pode nos ajudar e comprovar a fé?


I. Ontem, um dia.


Era um sábado chuvoso e frio, quando ao reorganizar alguns livros e álbuns de fotografias, me peguei sendo transportado a alguns anos atrás.


Num canto praticamente esquecida, estava uma pequena caixa com várias correspondências da época dos anos 80. Foi um tempo em que, caprichosamente, escrevíamos os textos à mão. Com entusiasmo trocávamos cartas com parentes e amigos. Usávamos termos engraçados, declarações estranhas, poesias, e contávamos os acontecimentos do dia a dia. Essas correspondências levavam praticamente uma semana para chegar ao destinatário, e um tanto mais de tempo até recebermos uma resposta. Esse tempo de espera era um fator que colocava, em prova, a paciência e a ansiedade para ambos os lados.


Entretanto, difícil é não se render ao infalível tempo. Com seu ciclo dinâmico, curvamo-nos perante as mudanças que ocorrem na vida, no trabalho, assim como na família. Consumidos pelo avanço de novos tempos de vida, a cada ano que se passava, menos correspondência circulava entre nós.


Perdida no meio de outras tantas cartas, uma se destacou em minhas mãos. O remetente era de uma grande amiga de trocas filosóficas, e ensinamentos cristãos. Pessoa íntegra, batalhadora, fruto de uma rígida educação, e fiel aos princípios morais. Compartilhávamos, constantemente, pensamentos sobre as nossas existências. Foi uma bonita jornada de trocas de correspondências, vastos ensinamentos e aprendizados adquiridos.


A lembrança desta última carta, ficou marcada como se fosse um prenúncio de uma despedida. Se tivesse tido essa percepção, teria feito muitas outras dedicatórias, teria levantado muitos questionamentos, e mais alegrias teria compartilhado. Me senti egoísta porém, pois pensei em extrair conhecimento somente para mim. Uma mistura de culpa e vergonha invadiu a minha mente.


II. A última carta.


“Esteja vigilante, mantenha-se firme na fé, seja homem de coragem, seja forte”

(Trecho bíblico de Paulo)


“Meu querido amigo Otavio, você foi embora sem se despedir de mim. Foi assim tão repentino? Mas não tem problema, tudo tem o seu motivo para acontecer, como você mesmo sempre dizia. Fiquei sabendo, através de um amigo em comum, que você conquistou uma bolsa de estudos para graduação no exterior. Eu não pude ir à sua formatura, perdoe-me. Sei que nada justifica da minha parte, mas quero que saiba que o meu coração e pensamentos ficaram ao seu lado. Presumo quão lindo deva ter sido o baile de formatura. Conte-me com detalhes, da sua ansiedade de finalmente ter conquistado a sua profissão. Aliás, meu querido amigo, você não respondeu a minha última carta sobre fé, lembra? Teria sido pela fé de sua mãe, que aquela nossa querida amiga saiu do estado de coma, que a manteve refém por tanto tempo?”


Lembrei-me do triste e sofrido período pelo qual passou a família, após um fatídico acidente de carro. Teria sido um milagre? O milagre da fé da mãe, que soubemos, em nenhum momento desistiu de sua filha?


Lembro-me da minha carta resposta dada na época, ainda sem profundidade, baseada no conhecimento que até então a vida atual tinha me dado.


- “Obrigado, minha amiga. Perdoe-me, sim? Foi uma correria e tanto o final do ano. Formatura, estágio de engenharia, projetos, e também esse curso no Japão. Me deparei num ponto com várias opções de direções a tomar, e o rumo decidido me trouxe aqui nessa terra distante. Está frio aqui, neva lá fora, porém linda é a paisagem! Hoje é dia 20 de dezembro e logo teremos o Natal. Não se comemora essa data com tanta alegria como acontece por aí..... Pois é, enfim um engenheiro. Como você me conhece, não sou muito de participar de bailes, mas como parte, assim estava lá. Sim amiga, serei lançado para a arena com leões ferozes (sociedade), e esse diploma de graduação usarei como uma espada de madeira, ainda. O escudo será a minha coragem, e o meu uniforme de batalha será o conhecimento adquirido até então. Como você mencionou, manter-me firme na fé.”


Sim, essa fé que ainda não consigo ter o pleno entendimento. E fiquei a pensar, imaginando esse sentimento consumindo todo o ser da senhora mãe de nossa amiga, e da alegria que foi o despertar da sua amada filha, confirmando a sua fé.


 

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III. A fé.


Hoje, depois de tantos anos, penso que essa carta seria escrita de forma diferente: “Para substituir a espada de madeira, procurei um bom ferreiro que esculpiu uma espada melhor. Construí um escudo composto de eficiências e ousadias, e um uniforme de perseverança e disciplina. Porém, agora, a minha espada não precisa mais ser esculpida com melhores materiais, e nenhum ferreiro terá o dom de fabricá-la. Ela sim, será moldada pela minha própria fé. O escudo e o uniforme não serão mais somente conhecimentos, e sim a busca eterna e incansável de sabedoria, sob o sempre manto de Luz.”

Nos manter na fé...


Quando estamos em busca de uma vida com sentido, poderia ser essa busca sem a fé?


Afinal, o que é fé?


No momento atual em que nos encontramos, em que as pessoas praticamente apenas sobrevivem, existe realmente a consciência para uma busca de um propósito maior?


Vemos hoje, os jovens e uma grande parte da humanidade, em profunda conexão com a valorização do poder e do ter, em meio a uma extrema miséria moral e mental. Para essas pessoas não é nada importante ser, porém, fundamental é vestir roupas de grifes, ter uma casa bonita ou ter o carro do ano. Isso tudo exposto em redes sociais, numa vida de superficialidades, em projeções ilusórias, num mar de desencanto. Uma vida sob o domínio de crenças, de falsas idolatrias, e sem fé; pois não se tem mais uma verdadeira ligação com o nosso Pai Celestial. As idolatrias e os louvores estão direcionados a figuras onde se projetam seus ilusórios desejos de conquistas.


O paradigma materialista carregado fortemente com as paixões orgulhosas, alimentando as crenças pessoais ou coletivas, e subtraindo tristemente a existência da fé.

Fé: algo que se perde na inserção do materialismo, do querer e do poder; e que se ganha na inserção do ser, do sentir, do saber.

Sem fé nos fragilizamos, nos isolamos, e talvez nos percamos com as viciações de todos os tipos, sejam elas a nível de dependências químicas, mental, e espiritual. A fé tem um sentido mais amplo e maior, exatamente em situações extremas de desespero e sofrimento.


Lembro-me da mãe de nossa amiga, que do estado de desespero decidiu que nunca perderia as esperanças de ver sua filha acordar. Ela colocou à prova sua fé. Não apenas acreditou, mas confiou plenamente que aquele estado de coma era passageiro, e que sua filha voltaria ao convívio familiar. A fé ativa faz crescer a perseverança, traz consigo a compreensão; e assim surgem os recursos necessários que fazem transpor quaisquer obstáculos. Por mais desesperador que seja a situação, a verdadeira fé nos concede a calma, a lucidez, tornando nossos passos seguros, acompanhados pela paciência que ensina a esperar.

E naquela época, recém-formado em engenharia, minha mente me absorvendo para o lado racional, preso em minhas próprias crenças; não me permiti aprofundar um pouco além.


IV. Crenças, dogmas e a fé na Ciência.


O acreditar é apenas um movimento do nosso intelecto; confiar é algo mais lá do nosso profundo ser, é o sentir, é o saber, aqui está a fé.

E as crenças, os dogmas, onde diferem da fé?


As definições sobre o mundo e as coisas que nos cercam, as definições sobre nós mesmos são as nossas crenças. Elas possuem um poder muito grande sobre nós, afetando todas as nossas ações, nos fazendo agir como agimos, da forma que agimos. Nas crenças, estão as bases das respostas que damos a tudo. Temos as nossas crenças pessoais, mas muito se fala em crenças religiosas, onde outros alicerces definem um roteiro. A necessidade e maturidade de cada um definirá os caminhos a percorrerem, seja respondendo às crenças, aos dogmas, ou simplesmente à fé. Crença não é fé.


Muitas vezes, pelas crenças ou pelos dogmas cria-se uma fé cega, que na sua cegueira aceita e venera o falso como verdadeiro, perdendo a razão e se destruindo em meio aos erros; e se levada ao extremo processa-se o que chamamos de fanatismo. Portanto, temos também na fé, os dois lados opostos. Que a nossa fé possa ser raciocinada, se fundamentar na verdade, compreendida, banhada pela luz, e aliada à humildade; e não a fé cega, sem controle e alimentada pelas sombras, pela fúria, e pela soberba do interesse egoísta.


Ainda, imaturos como somos, vivemos mais na tridimensionalidade onde o materialismo dita as regras. A incredulidade do ser humano, inunda de céticos, parte deste nosso mundo. Para a pessoa que acredita, nenhuma prova é necessária; mas para aquela que não acredita nenhuma prova é suficiente. Essa é a realidade, portanto, a Ciência hoje impera como o ditador, e dono dessa nossa atual humanidade.


Você tem fé, ou precisa que se prove cientificamente?


A Ciência pode comprovar a fé? Sim, pode, através da Física Quântica.

O famoso experimento da dupla fenda que fundamenta a Mecânica Quântica, nos mostra que ao saltarem, os elétrons dos átomos produzem os fótons. E os fótons reagem como ondas ou partículas, de acordo com a escolha que fizer o seu observador. As ondas podem comportar-se como partículas, e as partículas como ondas. Os elétrons mudam seus comportamentos porque são observados, portanto nós observadores influenciamos a todo momento a matéria que tocamos, o mundo em que vivemos; enfim, criamos a nossa própria realidade. Então, se criamos a nossa realidade, somos diretamente responsáveis pelo que nos acontece. Comprovado está, que nossas ondas mentais podem criar a beleza, o amor, o feio, a dor, assim como podem nos prejudicar, ou então nos ajudar.

Assim funciona a nossa fé, e ela pode mudar tudo. E isso não é religião, é Física Quântica.


O átomo é a composição, fundamental, presente em tudo o que existe no nosso Universo. Como nosso Criador, temos Ele em cada subpartícula de todos os nossos átomos, assim como sua presença está em todos os outros átomos existentes, em todos os níveis de vida. Portanto, percebamos, saibamos e sintamos que essa conexão direta com o nosso Criador,

se traduz na consciência dos poderes imensos que trazemos em germe dentro de nós; que se fará eclodir do seu estado latente, crescendo por intermédio da nossa vontade ativa.


A ideia mais original da fé está pautada na combinação de dois elementos, na mistura do relacionamento humano com o divino. A fusão do sempre amparo e misericórdia divina com a nossa vontade, que vai além do simplesmente esperar, da nossa dedicação, do nosso esforço sincero de compreender e fazer o que precisa ser feito.

Consolida-se nessa fusão, a fé. A fé é humana e divina.


Quando formos capazes de sentir o poder da força que temos, acrescida da vibração amorosa do nosso Pai Celestial em nossas almas, estaremos libertos de todos os medos, seremos a fé, a pura confiança, a força permanente que nos faz capazes de tudo mudar.


Existe algum desafio de mudança em sua vida?


Como está a sua fé?


P.S. "Principalmente aos que estiverem sem companhia no momento, faço uma pequena proposição. Pegue papel e lápis, deixe sua mente fluir e escreva algo para alguém que esteja distante, que a saudade é imensa, e expresse seus sentimentos. Envie, mas não espere que seja respondida, muito menos cobre uma resposta.

Para quem recebeu, reações adversas ocorrerão; talvez até descubra quão importante ela é para você. Se não tiver destinatário, então remeta para si mesmo. Coloque no final “carta para mim.” Guarde num lugar quase que sagrado. Um dia, a pessoa chamada Você lhe responderá. E nesse futuro próximo, já com a mente mais evoluída, sentirá o quanto os seus pontos estarão com suas referências modificadas. Estejam firmes na fé!"

 

Esta é uma obra editada sob aspectos do cotidiano, retratando questões comuns do nosso dia a dia. A crônica não tem como objetivo trazer verdades absolutas, e sim reflexões para nossas questões humanas.

 

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