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Crítica | "X - A Marca da Morte" é um filme slasher que vira um banho de clichê (e sangue)

Produção do diretor Ti West, protagonizada por Mia Goth, é a mais recente novidade dos estúdios A24 no Brasil


(A24/Reprodução)


O gênero slasher é, sem sombra de dúvidas, um dos mais queridos do cinema de terror/horror. E agora, o filme X - A Marca da Morte chega às salas brasileiras como uma salada mista do estilo: mortes bem gráficas, muito sangue, uma final girl e vilões extremamente bizarros. Nisso, a produção do diretor Ti West com os estúdios A24 é carregada de clichês — o que não é um ponto negativo.


Na trama, um grupo de atores e produtores amadores viajam até uma fazenda no Texas, no intuito de gravar um filme adulto. Enquanto que os personagens RJ (Owen Campbell) e Wayne (Martin Henderson, que cumpre o papel de ser irritante do começo ao fim) estão na direção do projeto, Maxine (Mia Goth), Bobby (Brittany Snow) e Jackson (Kid Cudi) compõem o elenco do longa; e Lorraine (Jenna Ortega) fica como assistente. A dinâmica do grupo é caótica desde o início, e é evidente que nem todos ficarão vivos até o final.




Na fazenda, um casal de idosos recebe os convidados — meio que a contragosto — para que estes se hospedem num casebre dentro da propriedade. E a partir disso, é só ladeira abaixo para os protagonistas: o fazendeiro Howard anda para todos os cantos com uma espingarda, e sua esposa Pearl é a personificação de uma escala catastrófica de comportamentos bizarros. As atitudes dos dois permeiam e carregam X - A Marca da Morte do começo ao fim.


Logo no início do filme, Ti West delimita os mocinhos e os vilões. Quase que como uma homenagem ao gênero slasher, o diretor não se sentiu acuado na hora de criar o "puro suco" deste gênero. O espectador prevê quem irá morrer primeiro, quem são os mais espertos para sobreviver na trama (e não são muitos), e a figura do antagonista é revelada cedo. Dessa forma, o público apenas torce para que X não seja um banho de sangue tão gráfico; mas é.




Sem sombra de dúvidas, Mia Goth e Jenna Ortega são os destaques de X


Mas ainda há espaço para surpresas no longa. Mia Goth é uma protagonista que convence, e sua atuação entrega o que promete: uma jovem atriz sem escrúpulos e que se importa apenas consigo mesma. Em contrapartida, a presença de Jenna Ortega e o pequenino "plot twist" em seu enredo faz com haja a cogitação de possíveis duas final girls; o que é um tanto raro em filmes deste estilo.


E X consegue se escrachar até nos momentos de tensão e mortes explícitas. Como dito acima, A Marca da Morte é um clichê que brinca com o fato de ser piegas. Apesar dos papéis de coadjuvantes, os demais atores da película formam a teia de arquétipos necessárias ao longa, e que relembra clássicos dos anos 70 e 80. Até mesmo a fotografia de X faz alusão às produções antigas, o que deixa a experiência ainda mais interessante. O projeto dos estúdios A24 se diverte na própria construção e nas tendências de estilo.




Vale dizer também que X - A Marca da Morte aborda o falso moralismo na sociedade, conectado à temática religiosa que está no background do longa. Como parte de uma reviravolta nos últimos instantes da história, a produção de Ti West conecta esta camada do plot às motivações dos assassinos, e o espectador de fato não espera que tal interligação possa acontecer. É sutil ao mesmo tempo em que é surpreendente. Em X, o conservadorismo é um dos pivôs para o desdobramento da trama; e as cenas de nudez e sexo que disparam na tela podem incomodar alguns propositalmente.


Em suma, X - A Marca da Morte é um slasher que se esbanja no clichê e na conformidade do subgênero que faz parte. É divertido, gráfico e incômodo para quem não gosta deste tipo de filme, e apenas isso — e está tudo bem ser só isso. Mia Goth consegue se posicionar como uma protagonista interessante, misteriosa e motivada a sobreviver, tanto da matança quanto em relação aos segredos de sua vida particular.


O filme relembra que o gênero de terror pode ser engraçado, sarcástico e também satisfatório sem precisar de grandes malabarismos.



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