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Crítica | Stranger Things 5 – Volume 1: O começo do fim que faz Hawkins respirar como nunca

Redação neonews
há 4 horas
3 min de leitura

Stranger Things 5 é um retorno épico após três anos de silêncio, costurado por emoção, maturidade e a promessa de um adeus que vai marcar uma geração inteira

(Foto: Divulgação)

Stranger Things volta em 2025 carregando um peso que poucas séries já tiveram: encerrar um fenômeno global com dignidade após mais de três anos de espera. O Volume 1 da temporada final surge como uma explosão de nostalgia e tensão, colocando Eleven, os jovens de Hawkins e o próprio público diante da batalha que aguardamos desde 2016. A expectativa pelo confronto final contra o Vecna é enorme, mas o que realmente surpreende é a forma como esta primeira parte se preocupa em preparar emocionalmente quem assiste.

(Foto: Divulgação)

Com apenas quatro episódios, o Volume 1 funciona muito mais como um aquecimento cuidadosamente orquestrado do que como uma etapa conclusiva. Netflix e os irmãos Duffer parecem plenamente conscientes de que esta despedida precisa ser épica, mas também coerente. Por isso, os episódios equilibram dois movimentos essenciais: posicionar cada personagem no tabuleiro do confronto final e manter a essência da série, que sempre foi um espetáculo visual e narrativo. Essa dualidade funciona extremamente bem, oferecendo ritmo e profundidade.

Como estão no comando da história desde o início, os Duffer sabem exatamente como costurar o emocional com o épico. Mesmo com Hawkins sitiada e o exército pressionando a cidade, a narrativa abraça o crescimento interno dos personagens. Will ganha destaque absoluto como o novo centro emocional do grupo, retomando a conexão com Vecna de forma intensa e significativa. O ator Noah Schnapp entrega aqui sua melhor atuação na série. Dustin, por outro lado, ainda vive o peso da perda de Eddie, e essa dor molda seu arco de forma sincera e tocante.

Claro que nem tudo acerta. O núcleo do exército continua sendo um ponto fraco, repetitivo e preso a obsessões já exploradas em temporadas anteriores. A chegada da Dra. Kay, interpretada por Linda Hamilton, não adiciona o frescor prometido, já que sua função narrativa não apresenta novidades reais. A falta de conexão emocional com Eleven, citada como diferencial, acaba se perdendo em um enredo que parece girar em círculos. Esses momentos exigem paciência, mas não comprometem o conjunto da obra.

Embora existam tropeços, Stranger Things 5 – Volume 1 se destaca pela forma como entrega momentos épicos. A temporada absorve, sem vergonha, algumas teorias populares de fãs, mas isso não diminui o impacto visual e emocional das cenas finais. Aliás, há algo profundamente satisfatório em ver certas previsões se confirmando diante dos nossos olhos. A construção de atmosfera, as composições de câmera e o design sonoro mostram um cuidado técnico que reforça o status da série como o maior título da Netflix.

O Volume 1 também demonstra maturidade ao equilibrar mistério, revelações e novas perguntas. A série cresce junto com seu elenco e com seu público, entregando um tom mais sombrio, mais emocional e mais introspectivo. Isso sem perder a aventura, o humor pontual e a vibe oitentista que fez Stranger Things se tornar um fenômeno mundial. Mesmo como preparação, esta parte já carrega o peso de um adeus que começa a se materializar.

Como antecipação para o fim definitivo, Stranger Things 5 – Volume 1 entrega exatamente o que deveria: emoção, tensão, evolução e um gostinho amargo de despedida. Não é perfeito, mas é grandioso. Não responde a tudo, mas abre espaço para uma conclusão que promete ser histórica. Acima de tudo, prova que Stranger Things retorna não apenas forte, mas consciente de seu legado. Hawkins está respirando pela última vez, e nós respiramos juntos.

Opinião pessoal: "Eu gostei muito do Volume 1. Ele tem alguns pontos mais arrastados, principalmente no núcleo do exército, mas o emocional, as atuações e os momentos épicos compensam demais. Para mim, Stranger Things voltou grande, consciente e com coração, mas como preparação para o fim, está exatamente onde deveria estar."

E você, o que achou deste começo do fim? Will realmente assumiu o protagonismo? O Volume 1 entregou o que você esperava?