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Crônica #56 | Bendizer ou maldizer!

O exalar ácido de uma fofoca



É muito comum, conflitos entre casais durante a vida de um casamento. A convivência juntos não é um mar de rosas, até que o casal consiga atingir maturidade para viverem, realmente, em harmonia. Para isso, pode-se levar até mesmo uma vida inteira e, muitas vezes não conseguindo, separam sem se entenderem. Depende do quanto estão dispostos a estruturar, investindo no seu verdadeiro significado. Casamento, esse assunto é bastante presente nas rodas de amigos; fatalmente sempre terá alguém desabafando ou julgando sobre ele ou a vida em comum. E em qualquer lugar, seja na família, na empresa, num encontro casual ou mesmo pelas redes sociais; sempre se fala e se comenta dos encontros e desencontros de pessoas e seus desdobramentos.


Fofoca, maledicência, detração! Sempre existiu, desde os primórdios da humanidade.


Você faz fofoca?! Sim!? Não!? Difícil existir alguém que não faça ou não tenha feito.


É muito comum as pessoas falarem de outras, comentando comportamentos ou situação de suas vidas.

Muitas vezes informações apenas, sem traços de segundas intenções. Porém, muitas vezes esses comentários são caracterizados pela depreciação da pessoa, passando então a maldizer, a falar mal na sua ausência.


Na roda de amigos, entre petiscos e muitas conversas, soube do quase final de uma união devido a fofocas, não só através de ditos “amigos”, mas também pelas redes sociais. Muitos conflitos se instalaram; muitas discussões até que se conseguiu ligar a verdade ou mentira da dita fofoca espalhada. Sofrido e desgastante. Estão ainda se entendendo, pois, a base confiança precisa ser restaurada. Quando se fala mal de alguém, sem saber a veracidade dos fatos, pode trazer danos e consequências irreparáveis. Pode tornar algo muito sério e, até mesmo acabar com a vida das pessoas. Esses fatos acontecem e vemos a todo momento, não é preciso ir muito longe para observar.


Essa questão da fofoca é tão presente no nosso dia a dia que nem nos damos conta de quando ela aparece. Nem nos damos ao trabalho de analisar ou filtrar. Necessitaria de mais atenção, pois é profundo e não é algo tão inocente como muitos pensam.


Você já foi alvo de fofoca?

Em nossas vidas, teremos sempre alguém falando de você, sobre você e não para você; falando para outros, obviamente. Se coisas boas ou ruins dependerá de quem está falando. Podem ser fatos verdadeiros, falsos ou fantasiosos; a interpretação muitas vezes é projeção, como mecanismo de defesa, da pessoa que leva a fofoca e não necessariamente de você. Todo julgamento é uma opinião pessoal, então refletirá inevitavelmente o interior da pessoa julgadora.


Lembrando que, amigo que é amigo de verdade, fala mal de você para você. Se algo de você chega até ele o deixando em dúvida, você será a primeira pessoa a ser procurada, antes de qualquer atitude ou conclusão. Reconheça e valorize. São raras as pessoas assim, mas existem... para nossa alegria.



Perdeu a crônica de semana passada? Leia o texto na íntegra clicando aqui: Crônica #55 | Grandiosidade do perdão




A fofoca, se deixar, vira um hábito. Pode se tornar um vício, assim como muitos outros comportamentos. O espaço que damos à fofoca em nossa vida é algo bem sério e vai refletir nos nossos relacionamentos. Ela, inclusive, aparece em muitos trechos na Bíblia, alertando-nos que é uma das coisas que nosso Criador abomina. Chamada de maledicência, maldizer, falsos testemunhos etc. As palavras faladas podem abençoar vidas, como também podem destruir vidas.


Conhece alguma pessoa fofoqueira? Pois é, sempre tem, infelizmente.

São muitos os motivos que fazem da pessoa, uma fofoqueira.

Muitas vezes, para se sentirem superiores em detrimento dos demais, precisam julgar negativamente.

Por ciúmes ou inveja diante do sucesso ou da vida do outro, tentam prejudicar ou diminuir as qualidades do invejado; então espalha maldades descabidas. A dor e a tristeza que sentem pela felicidade alheia torna-se tão grande que usam a fofoca como vingança, mostrando bem sua narrativa de fracassado.


Fofocam, por intolerância ou preconceito, das pessoas que julgam serem diferentes.


Encontram na fofoca o seu estrelismo, se tornando o centro das atenções; pois é mais fácil falar das pessoas que ter ideias próprias... Pessoas assim gostam e precisam de platéia para preencherem de vida seus dias infelizes e vazios. As redes sociais se tornaram ótimas aliadas das pessoas fofoqueiras. Pela internet pode se esconder em perfis falsos e, achando estar num suposto seguro anonimato podem espalhar fake news, causando intencionalmente muitos danos. Gastam seu tempo esperando ter prazer em ver algum colapso, na vida alheia. Rindo e torcendo pelo tropeço e fracasso da vítima e, não correndo o risco de levar um tapa na cara, literalmente falando. Na internet a pessoa faz de tudo, introjeta sua mente, vive, discute, fala, fala e não ouve nada. Faz dela uma estrada de mão única, desconhecendo o verdadeiro significado de uma vida.


São pessoas não confiáveis, que não tem conexão verdadeira de amizade, geralmente frustradas e infelizes. Por suas atitudes fatalmente acabam sozinhas, encontrando uma amarga solidão. Armazenam no coração mágoa, lixo, ódio, destilando nas palavras e ações o seu veneno mortal. Na falta de consciência e maturidade falam de um para todos e de todos para um, criando conflitos entre as pessoas; colocando-as umas contra as outras. Machucam destruindo relacionamentos e amizades.


Isso tudo, em todo e qualquer lugar que frequentam; seja dentro de empresas, nas igrejas e mesmo dentro de suas próprias famílias. Para um bom observador, basta ver os rastros que esse tipo de pessoa deixa por todos os lugares onde passa. É muito simples e visível de se ver os estragos provocados, os rastros costumam ser grandes, corrosivos e devastadores.


Hoje temos múltiplas plataformas de comunicação e onde tem comunicação está lá também a dita cuja fofoca.

Todos têm a sua liberdade de expressão, esse tema está muito presente nos dias atuais. As pessoas confundem e acham que podem falar livremente tudo o que pensam, muitas vezes sem nenhum respeito, nenhuma responsabilidade e sem conhecimento de fato. Tudo o que se fala emite uma frequência e consequente vibração. Tudo que é falado, exposto, espalhado sem filtro nenhum; ataca, fere, sem talvez nunca se conseguir imaginar a sua real profundidade para a situação ou pessoa alvo.


Os limites da liberdade de expressão com os limites da difamação, da injúria ou da calúnia, se perdem. Apesar de estarem previstas no código penal, parece não terem relevância nenhuma. A mídia que traz conteúdos não verdadeiros ou informações intencionalmente de perplexidade, só existe porque há um público para tal. Então, quem é que alimenta o que?

As pessoas gostam e procuram por fofocas ou fatos que envolvem a vida alheia, principalmente das celebridades; seus passos, suas desgraças ou tristezas. Podem ser tão irracionais que não vão se dobrar, mesmo diante de uma provável e visível realidade.


Muitas mídias tem um gosto pelas notícias trágicas ou programas sem muito conteúdo, pois as notícias negativas pesam muito mais para nós humanos, ainda. Informações agora viraram comércio, sejam elas verdadeiras ou não. Quanto mais hipnotizados estivermos, melhor para o sistema controlador. Geram receitas. Quanto mais trágico melhor... e nossas mentes gradativamente são anestesiadas para não refletir.


Entre cliques de likes e pontuações de audiência, esquecemos que somos manipulados, e como somos...


O sucesso das redes sociais ou dos programas existentes de reality show, acontece muito pela questão de poder observar o outro. O ser humano tem o hábito de se avaliar ou se medir pelo outro, pela vida que o outro tem. Porém, é muito difícil criticar ou julgar as atitudes, falas ou posturas alheias, sem termos os verdadeiros referenciais particulares daquela pessoa. Sem os mesmos, entra-se no erro de distorcer a percepção, conforme as próprias visões. Então, quando uma pessoa fala mal de alguém, na verdade, ela está mostrando o que dói dentro dela, ela está expondo e entregando um raio x, de sua própria alma. Poucos conseguem enxergar isso.

Quando uma pessoa se compara a uma outra, ela muito provavelmente será levada a se sentir inferior ou superior à mesma. Os sentimentos, logicamente, serão de auto piedade caso se sinta inferior ou de uma arrogância ou orgulho caso se julgue melhor que o outro. Ambos são sentimentos difíceis e perigosos, que levam a caminhos de múltiplos sofrimentos.


Notícias ruins, mentiras e tragédias fazem parte da vida nesse mundo.

Porém, podem servir como lições de aprendizado. Ao analisarmos, podemos escolher pela observação, não cometermos ou não nos envolvermos em fatos semelhantes. Esse é um aspecto positivo da comparação.





Quando alguém fala de você e o fato é uma verdade, pode ser que se ofenda porque realmente é verdade. Não tem muito o que fazer a não ser refletir no ato em questão e, se negativo, se corrigir.

Agora, se falam alguma mentira de você, porque se ofender? É mentira mesmo.

Porém, se a mentira é descabida você pode procurar pela pessoa e tem o direito de uma satisfação. Mas o que esperar de pessoas assim? Será que vão assumir o que falaram? Raramente vão confessar sua fraqueza e inferioridade e mostrar a sua verdadeira cara; mas tente, é um direito que te cabe. Só não gere expectativas, com certeza vai ser em vão. Covardia, esses tipos de pessoas só conseguem falar pelas costas e quando abordadas se vestem de cordeiros, lobos em pele de cordeiro... hipocrisia perante nossa preciosa Vida.


De pessoas tóxicas, melhor mesmo é manter distância, tanto física como mentalmente. Em companhias assim evolui-se menos, pois elas tentam a todo custo puxar todos para baixo.


Uma das mais valiosas atitudes é não perder o controle de nossas vidas, colocando a nossa preciosa paz nas mãos de outras pessoas. A nossa paz a nós pertence. Ter o domínio de nós mesmos. Ser o senhor de nossas emoções e tomar posse delas. Não nos perdendo, parando um pouco e procurando entender o sentimento que está ali, se mostrando. Praticar o desenvolvimento da compaixão, da misericórdia e do perdão.


Então, podemos escolher entre nos ofender, nos magoar, sofrer ou nos manter na paz. Simplesmente entendendo a atitude do outro, seja pequena, mesquinha, mentirosa ou mesmo verdadeira.

Nós nos ofendemos quando não nos conhecemos bem, então essa busca por nós mesmos é essencial, imprescindível. Escolher de forma consciente é um privilégio quase divino, para poucos.


Se conhecemos alguma pessoa fofoqueira, podemos evitá-la, pois ouvindo suas maledicências estamos permitindo que a fofoca caminhe e, nos tornando também um maledicente passivo.

É um relacionamento tóxico, que vai puxar muitos cordões energéticos desnecessários.

Acredite, que assim como ela fala dos outros para você, vai falar de você para os outros. Não se iluda, é assim que funciona sua troca com as pessoas. Mas, se mesmo assim não tiver como evitar uma pessoa dessas por alguma situação específica, silencie, sua mente e sua fala.

Torne-se o ponto final de qualquer fofoca que chegar até você.


Por outro lado, vamos colocar as mãos na consciência, no momento em que formos falar de alguém.

Sócrates, já naquela época, usava três critérios antes de falar ou se deixar ouvir alguma coisa.

Perguntava ele:

É bom? O que vou dizer ou ouvir vai me ajudar a crescer? Vai poder ajudar alguém?

É justo? O que vou dizer ou ouvir deve mesmo ser falado? É realmente justo?

É verdadeiro? O que vou falar ou ouvir corresponde realmente à verdade?

Isso perdura por séculos e mesmo assim, agora, é tão pouco usado e tão pouco valorizado.

Se nos conscientizarmos e adotarmos esses critérios em nossos dias, podemos ter mais acertos e sermos mais leves, com menos possibilidade de acúmulos de pesos a carregar.

Não passou por estes crivos? Descarte, evite e silencie... ou se recuse a ouvir.

Apenas aceite a maneira das pessoas serem como são, corretas ou não.

Livre arbítrio, é um direito de qualquer um de nós e devemos respeitar e não invadir.


Cada palavra que pronunciamos, pode trazer o melhor ou o pior das pessoas.

Se escolhermos aquela que traz à tona o melhor das pessoas, nossa vida já terá começado a valer a pena.

Se com as palavras tocamos o coração das pessoas, o nosso já estará também diferente. Pode-se formar um caminho onde prevalecerá os valores do coração, os verdadeiros, os que nos falará por si, o papel que assumimos e ocupamos nesse mundo. A nossa palavra a serviço de valores e não de vaidade.


Cada um de nós tem um caminho diferente e único. Observarmos e estarmos abertos para nos conhecermos cada vez mais, entendendo a nossa forma de existência... é o início de um caminho seguro, de não mais comparação com o outro. Sabermos nos entender, procurando simplicidade e não complicações.



Confira também esta crônica escrita pelo Otavio: Crônica #54 | Casa




Aprender a observar mais.

Escolher as pessoas, observando, acompanhando, prestando atenção nas suas atitudes.

Pessoas felizes não tem como hábito falar mal dos outros, não encontram razão nem necessidade. Não gostam de perder seu precioso e concorrido tempo, com assuntos pequenos e que não lhe diz respeito.

Geralmente tem seus interesses, girando em torno de assuntos completamente opostos.

A vida de cada pessoa, já é algo desafiador em termos de um bem viver melhor.

A verdadeira harmonização vai se expressar no respeito que temos, a qualquer coisa manifestada no nosso mundo. Enquanto não nos dispusermos à compreensão e alegria, nossa felicidade ficará limitada. Seria até uma questão de lógica. Por mais difícil que se apresente, o sentimento de perdão e gratidão poderá nos abrir para uma vida mais leve, mais autêntica, pois assim estaremos também abençoando a Essência Divina latente, em todas as pessoas. Coexistir em respeito e harmonia, bendizendo, através do poder das ditas faladas palavras. Palavras são palavras... as verdadeiras não se perderão, viajantes permanentes no tempo e no espaço. Ecoando no silêncio ou na expressão, benditas ou malditas... trazendo a vida... trazendo a morte... e trazendo também um simples qualquer de nada.

A escolha é por nós, interromper, sustentar ou se livrar... dos ruídos de uma fofoca.


 


Que tal baixar e compartilhar trechos dessa crônica com a galera?




 

Staff que trabalha para as Crônicas chegarem até você


• Cronista e filósofo neo

Otavio Yagima


Coautora

Maria Hisae


• Narração

Patrícia Ayumi


• Artes

ThIago Martins


• Edição

Leonardo Fernandes


 

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