O setor perguntava sobre a resistência a comportamento assediador durante recrutamento de novas funcionárias
Mais um capítulo de um dos maiores escândalos dos games foi escrita hoje. A Ubisoft, uma das gigantes da indústria, foi novamente denunciada por casos de comportamentos sexistas e violentos, foram alvos: 10 funcionários e ex-funcionários, a ex-diretora de Recursos Humanos, Cécile Corne, o CEO Yves Guillemot e a Ubisoft em sí como empresa.
A advogada responsável pelo caso, Maude Beckers, revelou que o RH da Ubisoft sabia das diversas denúncias de assédio, porém ignorava todas, chegando ao nível de normalização interna de se tornar um critério de recrutamento; "Parece que o recursos humanos da Ubisoft integrava o esquema de assédio sexual na política da empresa, inclusive em procedimentos de recrutamento, perguntando a candidatos sobre a sua resistência a esse tipo de comportamento", relatou Beckers.
"Estamos lidando com pessoas que sentem uma total impunidade. Mesmo que a Ubisoft tenha reconhecido os fatos, podemos ver que não houve qualquer mudança desde então", relatou uma das pessoas que denunciaram o caso, para a AFP.
A Ubisoft ainda não respondeu à queixa, porém abriu 120 investigações internas e demitiu 25 funcionários, o que ainda parece uma resposta fraca visto que 3 mil empregados alegaram ter presenciado ou sofrido casos de assédio sexual, moral e abuso de poder dentro da empresa.
A desenvolvedora foi alvo de abuso por um grande grupo de funcionários em junho de 2020 feitos por diversos membros do alto escalão da empresa. Guillemot prometeu providências sobre o caso, fazendo até um comunicado no principal evento da empresa do ano, o Ubisoft Foward. Confira abaixo:
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