Thomas Edison | O inventor que iluminou o mundo (e queria um país verde)
- Redação neonews
- 27 de jun.
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Com mais de duas mil patentes, Thomas Edison mudou o curso da história e sonhou com um futuro sustentável antes de ser moda

(Foto: Divulgação)
Thomas Alva Edison é conhecido como o gênio que nos deu a luz elétrica — literalmente. Mas sua trajetória vai muito além da lâmpada incandescente. Ele patenteou 2.332 invenções ao longo da vida, sendo 1.093 somente nos Estados Unidos. Uma façanha monumental que revela não só talento, mas também resiliência e visão de futuro.
Sua história começa em 11 de fevereiro de 1847, na pequena Milan, Ohio. Filho de um político e de uma ex-professora, Edison teve dificuldades na escola e foi retirado da sala de aula após ser chamado de “atrasado mental”. Sua mãe, Nancy, não hesitou: "Ela me deixou seguir minha inclinação", dizia ele sobre a decisão da mãe de educá-lo em casa e permitir que transformasse o porão em laboratório, mesmo com os riscos para a família.
Aos 12 anos, Edison já vendia jornais e doces no trem entre Port Huron e Detroit — onde também instalou seu primeiro laboratório portátil. Um acidente com fósforo causou um incêndio e o fim precoce de sua carreira científica sobre trilhos. Mas o jovem teimoso virou telegrafista itinerante e, aos 21 anos, criou sua primeira invenção: um registrador de votos elétrico. O aparelho foi ignorado — políticos não queriam eficiência na votação. A partir desse fracasso, Edison aprendeu algo que norteou sua carreira: só vale inventar o que as pessoas realmente desejam.
Chegando a Nova York sem dinheiro, melhorou o sistema de telégrafo de ouro da Western Union e recebeu US$ 40 mil. Com esse valor, abriu sua primeira oficina. Já quase surdo desde os 12 anos, via sua deficiência como vantagem: "Me preservou das distrações de um mundo barulhento". Ironia do destino, sua invenção mais marcante foi justamente o fonógrafo, que permitia a gravação e reprodução de som. O mundo ouviu pela primeira vez uma voz gravada: a de Edison cantando “Mary Had a Little Lamb”.
Em Menlo Park, onde montou seu laboratório (e que hoje leva seu nome), Edison criou uma série de dispositivos que transformariam a sociedade. Ele melhorou o transmissor de voz usado no telefone de Graham Bell e criou sistemas de telegrafia múltipla, que fizeram sua fama como o maior inventor da América.
Sobre a lâmpada, é importante esclarecer: Edison não a inventou do zero. A ideia da lâmpada elétrica vinha sendo desenvolvida há décadas. O que ele fez, em 1879, foi tornar o conceito funcional e viável: criou uma lâmpada de filamento resistente e bulbo a vácuo, revolucionando a iluminação urbana. Sua contribuição mais ampla foi montar todo um sistema elétrico: geradores, medidores e a primeira estação comercial de energia do mundo, em Nova York.
Na disputa entre corrente contínua (DC) e corrente alternada (AC), acabou vencido por Tesla e Westinghouse. Mas adaptou-se, fundando a Edison Electric Light Company — que mais tarde se tornaria a General Electric.
Nos últimos anos de vida, voltou sua atenção para a botânica. Buscava alternativas para a produção de borracha, testando mais de 17 mil espécies. E, surpreendentemente, sonhava com um futuro sustentável, alimentado por fontes limpas: "A luz do sol é uma forma de energia, assim como os ventos e as marés... Certamente deve chegar um tempo em que calor e energia serão armazenados em quantidades ilimitadas em cada comunidade, tudo coletado por forças naturais", afirmou.
Thomas Edison faleceu em 18 de outubro de 1931. E, mesmo que o tempo tenha relativizado algumas de suas glórias, seu legado continua aceso — como a luz que ele ajudou a espalhar pelo mundo.