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Crítica | The Witcher – 4ª Temporada

  • Foto do escritor: Redação neonews
    Redação neonews
  • há 4 dias
  • 3 min de leitura

Uma temporada que tenta renascer com um novo Geralt, mas acaba revelando que suas maiores batalhas não estão no continente… e sim dentro da própria série  The Witcher


Série - The Witcher
Série - The Witcher

(Foto: Divulgação)


A quarta temporada de The Witcher chega cercada de expectativas, incertezas e um cenário que já não joga mais a seu favor. A saída de Henry Cavill, que sempre foi um dos pilares emocionais e de marketing da produção, abriu espaço para uma transição delicada. Liam Hemsworth assume o manto do Lobo Branco em um momento turbulento e, para piorar, a série parece apostar em decisões que tornam essa troca o menor de seus problemas. Logo no primeiro episódio, as más escolhas criativas ficam evidentes, especialmente quando vemos Liam recriando cenas marcantes das temporadas anteriores, embalado por narrações que tentam explicar suas lendas de forma apressada. É um início frágil que deixa claro que a série ainda não sabe quem ela quer ser.


Série - The Witcher
Série - The Witcher

(Foto: Divulgação)


Enquanto tenta reescrever sua própria origem, a série perde parte de sua alma. O tom sombrio e visceral é substituído por um humor mais leve, quase estranho dentro do universo criado. Lauren Schmidt Hissrich, que no início tinha uma visão clara de como se distanciar dos livros sem perder a essência, agora parece buscar novos caminhos sem muita convicção. O resultado é uma temporada que luta contra a própria identidade, tentando agradar novos públicos, mas afastando aqueles que ficaram pela densidade emocional e brutalidade do mundo de Sapkowski.


Esse desequilíbrio também afeta a construção das subtramas. Muitos dos novos amigos de Geralt, apesar de bem escritos individualmente, não se encaixam no tom da narrativa. A presença de tantos personagens inéditos cria uma sensação de excesso, como se a temporada estivesse estufada e sem saber o que priorizar. Em vez de enriquecer o universo, essas novas pontas acabam diluindo o impacto da história principal e dificultando qualquer tentativa de direcionamento claro para o desfecho.


Nos bastidores da produção, os sinais de queda também são visíveis. A direção perde ritmo, as cenas de luta perdem potência e precisão. Em uma série que cresceu apoiada em coreografias icônicas, agora vemos golpes que falham, câmeras que não valorizam a ação e uma atmosfera que não empolga. Ainda assim, nem tudo se perde: o arco da Loja das Feiticeiras, conduzido por Yennefer, surge como um alívio. É nele que a temporada encontra alguma emoção genuína, um contraste feminino poderoso em meio ao caos político e mágico que se aproxima.


Outro ponto de destaque positivo é Leo Bonhart, interpretado com maestria por Sharlto Copley. Com poucas palavras e muita presença, o personagem conquista seu espaço como um dos vilões mais interessantes apresentados até hoje na série. Suas cenas, mesmo raras, trazem o peso dramático que o restante da temporada parece ter dificuldade de atingir. Bonhart é a prova de que The Witcher ainda sabe criar momentos memoráveis quando se alinha ao espírito original que conquistou o público.


Série - The Witcher
Série - The Witcher

(Foto: Divulgação)


Mesmo com essas pequenas luzes, a quarta temporada evidencia uma crise criativa difícil de ignorar. Tramas desconexas, mudanças de tom e uma tentativa desesperada de se reinventar tornam o caminho até o final mais arriscado do que deveria. A troca de protagonista poderia ter sido uma oportunidade de renovação; no entanto, sem uma direção firme, ela se torna apenas mais um sintoma de uma produção que tenta se reencontrar às pressas.


Ao fim desses episódios, fica claro que The Witcher precisará reunir toda a coragem do continente se quiser entregar uma última temporada que realmente honre sua história. Adaptar uma fantasia tão complexa nunca foi fácil, mas a série parece escolher sempre o caminho mais espinhoso. Ainda assim, há faíscas de potencial — e os fãs continuam torcendo para que elas voltem a incendiar o que um dia fez dessa produção um sucesso tão marcante.


Opinião pessoal: " Sendo bem sincera, para mim essa temporada ficou no meio do caminho. Teve momentos muito bons, principalmente o arco das feiticeiras, mas senti falta daquela força bruta e emocional que a série já entregou. A troca de ator não foi o problema central, mas a direção perdida atrapalhou bastante. Ainda assim, dá para aproveitar, só não é a magia de antes."


E você, o que achou da nova temporada? A troca de Geralt funcionou pra você ou deixou saudades?




Ficha Técnica


Nome: The Witcher - Temporada 4

Tipo: Série

Onde assistir: Netflix

Categoria: Drama

Duração: 4 Temporadas


Nota 3/5



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