Zuckerberg Muda o Jogo (de novo)
- Redação neonews
- há 12 minutos
- 2 min de leitura
CEO Zuckerberg da Meta revela planos ousados para o futuro da publicidade com apoio total da inteligência artificial

(Foto: Divulgação)
O fundador e CEO da Meta, Mark Zuckerberg, voltou a sacudir o mercado ao sinalizar uma transformação drástica no funcionamento da publicidade digital. Em entrevista ao boletim Stratechery, o executivo compartilhou sua visão de uma nova era onde a inteligência artificial da empresa poderá assumir, com autonomia quase total, tarefas hoje realizadas por agências especializadas.
“Qualquer empresa que basicamente queira alcançar algum resultado de negócios pode simplesmente vir até nós, sem ter que produzir qualquer conteúdo e sem saber algo sobre seus público-alvo. Pode apenas dizer: ‘Aqui está o resultado de negócios que eu quero, aqui está o que estou disposto a pagar, vou conectá-lo à minha conta bancária, pagarei por tantos resultados de negócios quanto você puder alcançar. É basicamente como o agente de negócios definitivo”, disse.
A proposta de Zuckerberg é ambiciosa: permitir que qualquer anunciante, independentemente de conhecimento técnico ou criativo, utilize a IA da Meta para lançar campanhas eficazes com base apenas em metas e orçamento. Com isso, a Meta se posiciona como intermediária total entre o negócio e o resultado — eliminando etapas como produção de conteúdo e segmentação de público.
Em 2024, a Meta faturou mais de US$160 bilhões (aproximadamente R$800 bilhões) com publicidade, tornando o setor essencial para suas receitas, segundo dados da Statista. Não à toa, a declaração gerou apreensão entre agências de marketing e publicidade, que veem nesse movimento um risco real de desintermediação em larga escala.
Mas as mudanças não param por aí. Em outra decisão polêmica, Zuckerberg anunciou também o fim da checagem de fatos feita por terceiros nas plataformas da Meta (Facebook, Instagram e Threads). Agora, a responsabilidade pela verificação passa a ser da própria comunidade:
“Notas da Comunidade” foi o recurso implementado para que os próprios usuários sinalizem conteúdos duvidosos iniciativa que reacende debates sobre desinformação, liberdade de expressão e o papel das plataformas no controle do conteúdo que circula nelas.
Com esses anúncios, Zuckerberg mais uma vez mostra sua disposição de desafiar estruturas tradicionais do setor e coloca o mundo da publicidade diante de uma encruzilhada: adaptar-se ou ser substituído por máquinas.