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Segredos Soterrados | Estudo revela a verdadeira história por trás das misteriosas múmias do pântano

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    Redação neonews
  • há 6 dias
  • 2 min de leitura

Nova pesquisa internacional mostra que tradições envolvendo múmias em áreas alagadas atravessaram milênios e mudam a forma como compreendemos a Europa antiga


Múmias do pântano
Múmias do pântano

(Foto: Divulgação National Geographic)


Em uma das descobertas arqueológicas mais significativas dos últimos anos, um estudo publicado na revista Antiquity está reescrevendo o entendimento sobre as famosas múmias do pântano — corpos humanos preservados em áreas úmidas da Europa que datam de milhares de anos. “Estas áreas úmidas se parecem com cápsulas do tempo, preservando restos humanos por milênios.”


Liderado pelo doutor Roy van Beek, o trabalho analisou mais de mil espécimes encontrados em turfeiras por todo o continente, revelando que a prática de depositar corpos nesses ambientes remonta ao Neolítico, por volta de 5000 a.C., e perdurou até a Idade Média e o início da era moderna. Antes associadas apenas a sacrifícios humanos, essas múmias agora ganham novos significados. “Esses indivíduos, muitos dos quais foram vítimas de mortes violentas, são frequentemente interpretados como sacrifícios humanos, embora a pesquisa também tenha identificado casos de falecimentos acidentais e suicídios nas turfeiras nos últimos séculos.”


O estudo categorizou os achados em três grupos principais: múmias completas, nas quais tecidos moles, pele e até cabelo foram preservados; “esqueletos do pântano”, que mantêm apenas os ossos; e restos parciais. Essa nova abordagem amplia a visão anteriormente restrita às múmias mais bem preservadas e revela uma tradição diversa e duradoura. “Ao examinar todos os três tipos, uma nova perspectiva surge, revelando uma tradição profundamente enraizada e de longa duração.”


Múmias do pântano
Múmias do pântano

(Foto: Divulgação National Geographic)


Do sul da Escandinávia à Irlanda, Alemanha e Reino Unido, os registros mostram que essa prática se espalhou lentamente pelo norte da Europa. As turfeiras onde os corpos foram encontrados revelam não apenas enterros pontuais, como os de mortos em batalha, mas também locais reutilizados com presença de artefatos considerados oferendas rituais. “Estes ambientes são vistos como locais de culto, e teriam ocupado uma posição central no sistema de crenças das comunidades locais.”


Casos notórios como o Homem de Tollund, a Garota de Yde e o Homem de Lindow ainda são figuras centrais no imaginário popular, mas agora fazem parte de um panorama mais amplo, que vai além do sensacionalismo e adentra a complexidade das sociedades ancestrais. A preservação desses corpos foi favorecida pelas condições únicas das turfeiras, onde a acidez e a ausência de oxigênio criam um ambiente quase atemporal.


Mais do que relíquias silenciosas, essas múmias falam. Elas revelam uma Europa antiga profundamente ligada à espiritualidade, à natureza e à morte — não como um fim, mas como parte de um ritual coletivo. “O estudo não apenas desafia a compreensão anterior das múmias do pântano, mas também destaca a complexidade e a diversidade das práticas funerárias e rituais na Europa antiga.”


Ao escavar esses corpos do solo e da história, a ciência também desenterra narrativas humanas de violência, religião, tragédia e transcendência, permitindo que esses mortos, por fim, contem suas próprias histórias.



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