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Crítica | O Lado Bom de Ser Traída

O Lado Bom de Ser Traída é o mais novo filme de sucesso da Netflix


Assassinos da Lua das Flores

(Foto: Divulgação)


É notável como o erotismo e o suspense frequentemente andam de mãos dadas no cinema, proporcionando uma combinação que tem sido uma fórmula bem sucedida em várias produções ao longo dos anos, desde os clássicos como "Instinto Selvagem" até os fenômenos mais recentes, como "365 Dias". A tensão sexual e a antecipação do risco frequentemente se complementam, contribuindo para a atmosfera de sensualidade que esses filmes buscam criar. No entanto, essa fórmula delicada pode rapidamente se desequilibrar, e infelizmente, "O Lado Bom de Ser Traída", um filme original da Netflix, é um exemplo de como essa mistura pode dar errado.


A história do filme, baseada no livro homônimo de Sue Hecker (pseudônimo da escritora brasileira Débora Gimenez), gira em torno de Barbara, interpretada por Giovanna Lancellotti. Barbara é uma sócia em um escritório de contabilidade e está prestes a se casar, mas sua vida dá uma guinada inesperada durante sua despedida de solteira, quando ela descobre que seu noivo, Caio (Micael Borges), a traiu. A partir desse momento, ela termina o relacionamento e se envolve com Marco (Leandro Lima), um juiz com um passado misterioso, que é literalmente o homem dos seus sonhos.


O problema central do filme é que ele falha em desenvolver adequadamente seus dois protagonistas e, o que é ainda mais crucial, o relacionamento entre eles. Embora a tensão sexual entre Barbara e Marco seja palpável, o filme faz muito pouco para justificar o desenvolvimento de seu romance. Quando a primeira cena de intimidade entre os dois ocorre, ela parece surgir quase do nada. Não se trata de ser excessivamente explícita ou desnecessária, mas de não fazer sentido dentro do contexto da história. Até aquele ponto, Marco já demonstrou desinteresse ao deixar Barbara sozinha para conversar com outra mulher em um bar e interromper um momento romântico para atender uma ligação, da qual ele nunca retorna. Nenhum desses eventos contribui para tornar a cena de intimidade mais excitante ou justificável.


Essa falta de desenvolvimento do relacionamento entre os personagens principais se torna ainda mais frustrante à medida que o filme prossegue. A relação entre Barbara e Marco é resumida a uma montagem de cenas de intimidade que não se destacam de forma significativa. Em seguida, a narrativa é interrompida por uma série de contratempos, incluindo revelações sobre o passado misterioso de Marco e uma trama criminosa rocambolesca.


Aqui é onde "O Lado Bom de Ser Traída" começa a se complicar ainda mais. O filme tenta incorporar uma trama de suspense com elementos como cartéis de drogas, tentativas de assassinato e reviravoltas, tudo isso em um tempo limitado de pouco mais de 1h30 de duração. No entanto, esses elementos não servem necessariamente para enriquecer a relação entre os protagonistas ou para aprofundar a trama de suspense. Como resultado, o filme se torna uma experiência confusa, que tenta abraçar dois gêneros, mas falha em ambos.


É importante ressaltar que os atores, em particular Giovanna Lancellotti e Leandro Lima, fazem um bom trabalho com o material que têm em mãos. Eles conseguem criar uma química palpável, apesar da falta de desenvolvimento do roteiro. Camilla de Lucas, no papel da melhor amiga de Barbara, Patty, também se destaca, trazendo carisma e bom-humor às cenas em que aparece.


No entanto, o carisma do elenco não é suficiente para compensar as deficiências do filme. A mensagem subjacente de que "o lado bom de ser traída" reside em se libertar de relacionamentos tóxicos e abraçar novas experiências, tanto sexuais quanto emocionais, poderia ser interessante. No entanto, o caminho até essa lição é, para usar um trocadilho, muito pouco prazeroso para o público.


Em resumo, "O Lado Bom de Ser Traída" é um filme que não atinge seus objetivos como thriller erótico ou como um filme de suspense. Ele tenta abraçar dois gêneros, mas acaba falhando em ambos, resultando em uma experiência insatisfatória para o espectador. Embora o elenco faça o possível para dar vida aos personagens, o roteiro carece de desenvolvimento adequado, tornando o filme um exemplo de como a mistura de erotismo e suspense pode facilmente se desequilibrar e deixar o público insatisfeito. É uma pena que uma premissa potencialmente intrigante não tenha sido melhor explorada neste filme.


Ficha técnica


Nome O Lado Bom de Ser Traída

Tipo Filme

Onde assistir Netflix

Categoria Drama

Duração 1h 38 min


Nota 2/5


 

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