Zuckerberg compartilha visão sobre superinteligência artificial e promete “nova era de empoderamento pessoal”
- Redação neonews
- 1 de ago.
- 3 min de leitura
CEO da Meta, Zuckerberg defende acesso universal a super IAs e reforça investimentos bilionários no setor de inteligência artificial
(Foto: Divulgação)
Na última quarta-feira (30), Mark Zuckerberg, CEO da Meta, publicou uma carta aberta revelando a visão da empresa para o futuro da inteligência artificial — e não se trata apenas de automatizar tarefas ou criar assistentes virtuais mais eficientes. Segundo o executivo, o foco agora é o desenvolvimento da superinteligência artificial: sistemas com capacidades cognitivas equivalentes ou superiores às humanas, capazes de aprender e evoluir de forma autônoma.
No texto, Zuckerberg afirma que a missão da Meta é democratizar o acesso a essa tecnologia revolucionária, ao contrário de outros concorrentes que, segundo ele, limitam seu uso a nichos corporativos. “Vai melhorar todos os sistemas existentes e permitir a criação e a descoberta de novas coisas que não são imagináveis hoje em dia”, afirma o bilionário, reforçando a ideia de que essa tecnologia poderá transformar radicalmente a forma como vivemos, criamos e nos relacionamos.
O CEO do Facebook, Instagram e WhatsApp destaca ainda que o grande impacto virá quando cada pessoa tiver acesso a uma super IA pessoal, uma ferramenta que poderá ser uma espécie de “copiloto da vida”. “Um impacto mais significativo em nossas vidas deve vir quando todo mundo tiver uma superinteligência artificial pessoal que ajuda você a conquistar objetivos, criar o que você quer ver no mundo, experienciar qualquer aventura, ser um amigo melhor para quem você se importa e crescer para ser a pessoa que você aspira em ser”, escreve ele na carta.
Embora o entusiasmo seja evidente, Zuckerberg foi cauteloso ao evitar estabelecer prazos. Ele menciona apenas que o fim da década será “decisivo”, reconhecendo que “as melhorias são lentas até o momento, mas inquestionáveis” e que o desenvolvimento dessa tecnologia “já é visível”. Ainda assim, o texto omite detalhes técnicos, possíveis aplicações práticas ou os riscos e desafios associados à segurança dessas ferramentas.
(Foto: Divulgação)
Para analistas do setor, o comunicado funciona também como um aviso aos acionistas da Meta, preparando o terreno para os vultosos investimentos que a empresa pretende continuar fazendo em IA. A companhia tem apostado alto na evolução da Meta AI e do seu modelo de linguagem LLaMA, que ainda estaria atrás de rivais como a OpenAI.
Entre os movimentos recentes da Meta no setor estão:
Investimento de US$ 15 bilhões em superinteligência artificial, incluindo uma fatia maior na startup Scale AI;
Contratação de engenheiros de peso, vindos até mesmo de cargos de liderança em concorrentes diretos;
Aposta em óculos inteligentes com recursos de IA, que, segundo Zuckerberg, se tornarão essenciais no futuro, a ponto de usuários sem esse produto sofrerem “uma desvantagem cognitiva bem significativa”.
A expansão da IA também exigirá infraestrutura robusta, o que implica novos investimentos em data centers, com forte impacto energético. Ainda assim, os analistas acreditam que os investidores estão mais dispostos a aprovar esse tipo de gasto, principalmente após as críticas enfrentadas por projetos como o metaverso, que não alcançaram os resultados esperados.
Com isso, Zuckerberg envia um recado claro: a próxima fronteira da tecnologia está na IA que aprende, cria, guia e — talvez — transforma o ser humano tanto quanto o digital nos transformou até aqui. E, pelo visto, a Meta quer liderar essa revolução.
