Os preços de Estocolmo foram elevados
(Foto: Divulgação)
O alvoroço em torno da venda de ingressos para a "Renaissance World Tour" no início deste ano não apenas afetou as finanças pessoais de milhares de fãs de Beyoncé, mas também foi citado como um fator significativo por trás do aumento da inflação na Suécia.
O país foi escolhido pela artista para dar início à turnê e, segundo reportagem publicada na última quarta-feira (14) pelo Financial Times, economistas e banqueiros apontaram Beyoncé como a causa do aumento dos preços. Economistas do Danske Bank acreditam que a decisão de iniciar a turnê global em Estocolmo em maio provocou uma alta nos preços dos hotéis locais, superando as expectativas do mercado e contribuindo para o aumento da inflação.
De fato, fãs de todos os cantos do mundo se reuniram na capital sueca para os shows de abertura de uma das turnês mais aguardadas dos últimos tempos. De acordo com o Financial Times, muitos dos 46.000 espectadores em cada noite tiveram que procurar acomodações fora de Estocolmo a preços significativamente inflacionados. O economista-chefe do Danske Bank na Suécia, Michael Grahn, estimou que os shows de Beyoncé causaram um aumento de 0,2 ponto percentual na inflação do país. "É bastante surpreendente para um único evento. Nunca vimos isso antes", disse Grahn ao FT.
Analistas esperavam que a inflação caísse mais do que apenas 0,2 ponto percentual entre abril e maio. O impacto foi menor do que os economistas e o banco central esperavam. As estatísticas suecas mostram que restaurantes e hotéis tiveram um aumento de 0,3 ponto percentual em maio, enquanto recreação e cultura aumentaram 0,2 ponto percentual.
O Financial Times informou ainda que alguns economistas esperam que os efeitos se dissipem este mês, mas outros, como Andreas Wallström, chefe de previsão do Swedbank, temem que o próximo grande show na Suécia - três noites de Bruce Springsteen em Gotemburgo no final de junho - poderia ter um efeito semelhante.
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