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Teias Fluorescentes e Ciência de Ponta | o Futuro Promissor das Aranhas Geneticamente Modificadas

  • Foto do escritor: Redação neonews
    Redação neonews
  • 4 de jun.
  • 2 min de leitura

Pesquisa alemã abre portas para avanços em materiais inspirados na natureza ao criar teias fluorescentes vermelhas com edição genética


Pesquisa alemã abre portas para avanços em materiais inspirados na natureza ao criar teias fluorescentes vermelhas com edição genética
Teias Fluorescentes

(Foto: Divulgação)


A alcunha "aranhas mutantes" poderia ser a premissa de um filme de terror e ficção científica ou o pesadelo de alguém com aracnofobia. No entanto, as primeiras aranhas mutantes criadas por humanos respondem a algo muito mais inocente - porém, talvez a algo ainda mais interessante. Cientistas alemães editaram geneticamente um grupo de aranhas e tiveram uma surpresa.


O resultado mais curioso obtido por essa equipe é provavelmente o de aranhas que, após a edição, são capazes de tecer uma teia vermelha fluorescente. Este é o primeiro experimento de edição genética em aranhas que conhecemos. Para este experimento, a equipe utilizou espécimes da aranha-doméstica americana (Parasteatoda tepidariorum), uma espécie que, como muitas outras, usa sua teia não apenas para caçar, mas também para proteger seus ovos.


A seda de aranha é um dos materiais mais interessantes do reino animal. As aranhas são capazes de secretar diferentes tipos de teias, e entre elas, as sedas estruturais se destacam por sua altíssima resistência ao rasgo, aliada à sua elasticidade, leveza e ao fato de ser um material biodegradável, explica a equipe responsável pelo estudo.


No experimento da Universidade de Bayreuth (Alemanha), os cientistas recorreram à "tesoura" de edição genética CRISPR-Cas9. Eles começaram o processo concentrando-se em um gene ligado ao desenvolvimento dos olhos, visando um primeiro acerto fácil de identificar. A equipe injetou sua ferramenta de edição genética em uma aranha fêmea para eliminar o gene alvo em suas células reprodutivas e, assim, conseguir detectar alterações em sua ninhada. O resultado: aranhas que nunca desenvolveram olhos.


Pesquisa alemã abre portas para avanços em materiais inspirados na natureza ao criar teias fluorescentes vermelhas com edição genética
Teias Fluorescentes

(Foto: Divulgação)


O sucesso inicial levou à repetição do experimento, mas desta vez com foco nos genes responsáveis pela codificação de algumas das proteínas presentes na seda estrutural das aranhas. Com isso, eles conseguiram fazer com que as aranhas tecessem filamentos de seda vermelha fluorescente. Os detalhes do experimento foram publicados em um artigo no periódico Angewandte Chemie.


Ser capaz de editar os genes responsáveis pela produção de um material tão interessante quanto os filamentos estruturais das teias de aranha abre novas portas para uma melhor compreensão desse material e de suas origens bioquímicas. É claro que também pode abrir caminho para uma síntese eficiente ou mesmo para o desenvolvimento de materiais com propriedades semelhantes.


“Demonstramos, pela primeira vez no mundo, que o CRISPR-Cas9 pode ser usado para incorporar uma sequência desejada em proteínas da seda de aranha, permitindo assim a funcionalização dessas fibras de seda”, observou Thomas Scheibel, coautor do estudo, em um comunicado à imprensa no site da Universidade de Bayreuth. “A capacidade de aplicar a edição genética CRISPR à seda de aranha é muito promissora para a ciência dos materiais; por exemplo, pode ser usada para aumentar a já elevada resistência à tração da seda de aranha”, complementou.




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