Outubro Rosa começa com campanhas virtuais e ações educativas reforçam a importância do diagnóstico precoce e da disseminação de informações
(Foto: Divulgação)
O Outubro Rosa é uma iniciativa mundialmente reconhecida, criada no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, com o objetivo de conscientizar sobre o câncer de mama, promover o acesso ao diagnóstico e ao tratamento, além de contribuir para a redução da mortalidade. Celebrado anualmente, o movimento une governos, organizações e a sociedade civil na luta contra a doença.
No Brasil, o Outubro Rosa ganhou ainda mais força com a aprovação da Lei nº 13.733, de 2018, que instituiu oficialmente o mês de conscientização sobre o câncer de mama. Durante esse período, diversas atividades são realizadas, como a iluminação de prédios públicos com luzes rosa, palestras educativas, eventos e campanhas de mídia, todas focadas em alertar a população sobre os fatores de risco e a importância da detecção precoce.
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Adaptações durante a pandemia e o impacto das campanhas virtuais
Com a pandemia de COVID-19, os grupos que atuam na conscientização sobre o câncer de mama precisaram adaptar suas estratégias para o ambiente virtual. "Por meio de intervenções, campanhas e mensagens inovadoras, eles mostraram que a promoção da saúde pública pode assumir várias formas e gerar um forte impacto no acesso à saúde", destaca a Union for International Cancer Control (UICC). Esse formato permitiu alcançar um público ainda maior, possibilitando o engajamento com a causa mesmo em tempos de distanciamento social.
Uma das grandes lições dos últimos anos foi a importância de estabelecer parcerias e avaliar o impacto dessas campanhas. A colaboração entre diferentes organizações pode ampliar o alcance das mensagens, enquanto a medição dos resultados, como engajamento e alcance nas redes sociais, garante que as iniciativas estejam atingindo seus objetivos de conscientização.
O câncer de mama em números: estatísticas alarmantes
O câncer de mama é o tipo mais comum entre mulheres em todo o mundo. Em 2020, foram estimados 2,3 milhões de novos casos, representando cerca de 24,5% de todos os tipos de câncer diagnosticados em mulheres. No Brasil, a estimativa para 2021 foi de 66.280 novos casos, com uma taxa de incidência de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres. Além disso, o câncer de mama é o que mais causa mortes entre mulheres no país, com uma taxa de mortalidade de 14,23 por 100 mil, ajustada por idade.
Os números são ainda mais preocupantes nas regiões Sul e Sudeste, onde as taxas de incidência e mortalidade são mais altas, reforçando a necessidade de campanhas de conscientização mais abrangentes nessas áreas.
Sinais de alerta: como identificar os primeiros sintomas
O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura. Por isso, é essencial que as mulheres fiquem atentas aos principais sinais e sintomas do câncer de mama, como a presença de nódulos endurecidos e indolores, alterações na pele da mama (vermelhidão ou aspecto de casca de laranja), mudanças no bico do peito (mamilo) e a saída espontânea de líquido. Pequenos nódulos no pescoço ou nas axilas também podem ser indícios de alerta.
Este ano, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) adotou o slogan: "Eu cuido da minha saúde todos os dias. E você?", incentivando mulheres a manterem seus exames em dia e a buscarem ajuda médica ao menor sinal de alteração. A conscientização constante e o acesso facilitado aos serviços de saúde são pilares fundamentais para reduzir os índices de mortalidade e melhorar a qualidade de vida das pacientes.
Outubro Rosa: um movimento em prol da vida
O Outubro Rosa vai além da conscientização; ele é uma chamada para a ação, incentivando mulheres a cuidarem de si mesmas e a buscarem o diagnóstico precoce. A união de esforços entre governos, organizações e a sociedade civil continua sendo crucial para ampliar o acesso à informação, fortalecer as campanhas e, principalmente, salvar vidas.
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