Atentados a infraestruturas críticas afetam serviços de telecomunicações em seis áreas da França durante os Jogos Olímpicos
(Foto: Divulgação)
Com os olhos do mundo voltados para Paris durante as Olimpíadas de 2024, a segurança e a infraestrutura do país estão sob intenso escrutínio. Nesta segunda-feira (29), uma série de ataques a redes de fibra ótica foi registrada, afetando gravemente os serviços de telecomunicações em diversas regiões da França. A sabotagem ocorreu em um momento crítico, quando o país está sediando competições olímpicas e enfrentando um aumento no tráfego de dados e comunicações.
Pelo menos seis departamentos da França foram afetados. A secretária de Estado para assuntos digitais francesa, Marina Ferrari, informou que as depredações afetaram serviços de internet por fibra ótica, telefonia fixa e telefonia móvel. Equipes estão trabalhando para reparar as linhas de fibra ótica. Ainda não se sabe o tamanho dos estragos e quantos clientes foram prejudicados.
Os operadores de telecomunicações Bouygues e Free confirmaram que seus serviços foram afetados. Relatos da mídia francesa indicam que linhas operadas pelo provedor SFR também foram atingidas. Pelo menos seis departamentos administrativos da França foram afetados, incluindo a região ao redor da cidade mediterrânea de Marselha, que está sediando competições de futebol e vela olímpicos. A capital Paris, cidade-sede das Olimpíadas, não foi afetada.
O incidente ocorreu três dias após atos coordenados de sabotagem que paralisaram os serviços de trens de alta velocidade de Paris, horas antes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos. Cabos de fibra óptica, que enviam informações sobre os trajetos dos trens para a segurança dos motoristas, foram roubados ou queimados. A ação fez com que as operações da maior parte dos Trens de Alta Velocidade, do sistema TGV (na sigla em francês), fossem paralisadas. Houve atrasos e cancelamentos em viagens, impactando mais de 800 mil pessoas.
O primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, descreveu a série de incêndios como “atos de sabotagem” realizados de maneira “preparada e coordenada”. Já o presidente-executivo da empresa pública francesa responsável pelo transporte ferroviário, a SNCF, Jean-Pierre Farandou, disse que não há um prazo para que o problema seja resolvido porque a manutenção é manual e precisa ser feita uma a uma, sendo necessário centenas de trabalhadores.
O aumento dos riscos e ataques coordenados durante eventos de grande escala como as Olimpíadas sublinha a necessidade urgente de medidas de segurança robustas para proteger a infraestrutura crítica. O governo francês e as autoridades de segurança estão intensificando os esforços para investigar e mitigar os impactos desses ataques, garantindo que os Jogos Olímpicos de Paris possam continuar sem maiores interrupções.
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