Marty Supreme prova que caos e genialidade podem coexistir nas mãos de Timothée Chalamet
- Redação neonews
- há 39 minutos
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Marty Supreme entrega uma experiência intensa, divertida e surpreendentemente humana

(Foto: Divulgação)
Até onde alguém pode ir para se tornar um dos grandes? Em Marty Supreme, essa pergunta ganha uma resposta tão caótica quanto fascinante através de Marty Mauser, personagem vivido por Timothée Chalamet. Inspirado nos grandes atores e atletas da história, Chalamet mergulha em uma atuação que surpreende pela naturalidade com que transita entre momentos dramáticos, humorísticos e totalmente insanos.
No novo filme dirigido por Josh Safdie, seu primeiro trabalho solo após anos de parceria com o irmão Ben Safdie, o ator entrega o que muitos já consideram a melhor performance de sua carreira. A narrativa é levemente baseada na vida do mesatenista Marty Reisman e acompanha um jovem ambicioso em uma jornada frenética entre Nova York e Tóquio em busca de grandeza no tênis de mesa.
Logo nos primeiros minutos, a história apresenta Marty e Rachel Mizler, interpretada pela carismática Odessa A’zion, em uma construção eficiente que culmina em uma virada inesperada. Não dá para entregar spoilers, mas a transição é tão marcante que envolve o público de imediato.
Marty Supreme se diferencia das cinebiografias tradicionais que dominaram Hollywood nos últimos anos. Aqui, não há excesso de dramatização ou flashbacks convencionais que tentam explicar cada detalhe da vida do protagonista. A narrativa se desenvolve de forma envolvente e dinâmica ao longo de 2h30 que passam sem esforço.
O elenco de apoio eleva ainda mais o filme. Odessa A’zion brilha como Rachel. Tyler Okonma, nome escolhido por Tyler, the Creator para sua carreira como ator, surpreende como Wally em sua estreia no cinema. Luke Manley diverte como Dion Galanis, amigo rico e patrocinador improvisado de Marty. Gwyneth Paltrow aparece com camadas inesperadas como Kay Stone, ex-atriz que vive à sombra do marido, o poderoso Milton Rockwell, interpretado por Kevin O’Leary. Abel Ferrara surge como Ezra Mishkin, enigmático e essencial para a história.
A direção de Josh Safdie é um espetáculo à parte. Ele consegue equilibrar a precisão técnica do tênis de mesa com a energia caótica de Marty Mauser, que se vê envolvido em confusões enquanto desagrada quase todos ao seu redor. Mesmo com tantas situações intensas e personagens peculiares, a trama se mantém sólida e profundamente humana, especialmente em sua sequência final, que traz emoção e reflexão.
Marty Supreme vai muito além da história de um atleta nova-iorquino. É um retrato de ambição, relações amorosas, familiares e de amizade, construído com autenticidade. O filme também serve como vitrine para talentos que prometem crescer ainda mais, como Tyler Okonma e Odessa A’zion.
Marty Supreme estreia nos cinemas brasileiros em 22 de janeiro, com sessões antecipadas a partir do dia 8.