top of page
  • Instagram
  • X
  • LinkedIn

Marcas de Luxo Ajustam Estratégia para Reconquistar Consumidores Aspiracionais

  • Foto do escritor: Redação neonews
    Redação neonews
  • 25 de fev.
  • 3 min de leitura

Aumento dos preços afastou milhões de clientes das grifes de luxo, levando algumas marcas a reformular suas abordagens para manter a relevância no mercado


Aumento dos preços afastou milhões de clientes das grifes de luxo, levando algumas marcas a reformular suas abordagens para manter a relevância no mercado
Marcas de Luxo

(Foto: Divulgação)


O mercado de luxo passou por uma grande transformação nos últimos anos, com preços subindo cerca de 20% desde 2021. Esse movimento, no entanto, custou caro para as grandes grifes: cerca de 50 milhões de consumidores deixaram de adquirir produtos de luxo até 2024, segundo Aaron Cheris, sócio da Bain & Co.


Diante desse cenário, marcas como a Burberry estão reavaliando suas estratégias para atrair de volta os chamados consumidores de luxo "aspiracionais", que compram pelo menos um item de luxo por ano e gastam entre US$ 3.000 e US$ 10.000 anualmente em moda, conforme dados da McKinsey & Co.


A Burberry já começou a se movimentar. "Nos últimos anos, temos estado muito concentrados no topo da pirâmide, especialmente nos artigos de couro. No futuro, iremos restaurar uma arquitetura de ‘bom, ótimo e melhor preço’ num contexto de luxo em todas as categorias", afirmou o CEO da marca, Joshua Schulman, em uma apresentação estratégica em novembro de 2024.


Essa mudança já mostra sinais positivos: pela primeira vez em dois anos, a Burberry registrou crescimento de novos clientes globalmente em dezembro. Além disso, as vendas em lojas na América Latina e América do Norte cresceram 4% no terceiro trimestre, ajudando a minimizar perdas globais.


Os consumidores aspiracionais representam um mercado de US$ 274 bilhões por ano, tornando-se uma fatia relevante para as marcas de luxo. No entanto, muitos deles perdem a confiança nos gastos quando enfrentam incertezas econômicas, como inflação e risco de demissões.


Aumento dos preços afastou milhões de clientes das grifes de luxo, levando algumas marcas a reformular suas abordagens para manter a relevância no mercado
Marcas de Luxo

(Foto: Divulgação)


Para recuperar essa base de clientes, algumas marcas estão apostando em produtos mais acessíveis dentro de suas coleções. "Os artigos de couro e os acessórios são alguns dos produtos de preço mais baixo que interessam aos consumidores de luxo 'aspiracionais'", disse Joëlle Grunberg, especialista da McKinsey.


Itens como cintos Gucci de US$ 420 e perfumes Yves Saint Laurent de US$ 98 são exemplos de produtos que continuam atraindo compradores de luxo aspiracionais.


Enquanto a Gucci registrou queda de 21% na receita em 2024, a Kering Eyewear, divisão de óculos da Kering, cresceu 6% no mesmo período, indicando a força de produtos menores dentro do mercado de luxo.


A Burberry também ajustou sua estratégia para recuperar sua base de clientes, reavaliando preços em categorias como artigos de couro, agasalhos e lenços, que tiveram boa aceitação na temporada de festas.


Apesar das mudanças de algumas grifes, nem todas as marcas de luxo estão apostando em uma estratégia de acessibilidade. A Moët Hennessy Louis Vuitton (LVMH), maior grupo de luxo do mundo, continua oferecendo artigos de couro e acessórios a preços mais baixos, mas não pretende lançar uma nova linha com preços reduzidos para recuperar os consumidores aspiracionais.


Aumento dos preços afastou milhões de clientes das grifes de luxo, levando algumas marcas a reformular suas abordagens para manter a relevância no mercado
Marcas de Luxo

(Foto: Divulgação)


Jean-Jacques Guiony, ex-diretor financeiro da LVMH, afirmou que "a situação atual é mais orientada para a procura do que para a oferta", destacando que a empresa não vê necessidade de ajustar preços para reter clientes.


Com os preços elevados e a insegurança econômica, os consumidores de luxo aspiracionais precisam decidir entre o fast-fashion e o alto luxo, já que há poucas opções intermediárias. Isso torna a experiência de compra um fator essencial para a fidelização.


Há dois grupos principais que as marcas tentam conquistar: jovens profissionais que podem aumentar seu poder de compra ao longo do tempo e clientes que não chegam a gastar US$ 5.000 em uma bolsa, mas compram regularmente produtos menores.


"O que as marcas estão realmente tentando fazer é atrair os consumidores. Trata-se também de os fazer passar por todas as categorias — calçado, pronto-para-vestir e joias finas", explicou Jeff Lindquist, da Boston Consulting Group.


Para melhorar a experiência do cliente, algumas marcas estão investindo não apenas no comércio eletrônico, mas também em mudanças nas lojas físicas. Isso inclui reduzir o tempo de espera, treinar melhor os vendedores e criar ambientes mais acolhedores. "A experiência na loja é o ponto de encontro da história da marca, das principais mensagens da marca e das relações individuais com os clientes", concluiu Lindquist.


Com essa reformulação de estratégias, as marcas de luxo tentam equilibrar exclusividade e acessibilidade para recuperar uma clientela que tem cada vez mais opções de escolha.




neonews, neoriginals e ClasTech são marcas neoCompany. neoCompany Ltda. Todos os direitos reservados.

  • LinkedIn
  • Youtube

neonews, neoriginals e ClasTech são marcas neoCompany.

neoCompany ltda. Todos os direitos reservados.

Entre em contato com o neonews

Tem alguma sugestão de pauta, eventos ou deseja apenas fazer uma crítica ou sugestão, manda um email pra gente.

  • Instagram
  • X
  • LinkedIn
bottom of page