Um buraco coronal de 62 vezes o tamanho da Terra expelirá um jato solar que pode gerar uma leve tempestade geomagnética esta semana

(Foto: Divulgação)
Uma gigantesca fenda se abriu recentemente na atmosfera do Sol, com impressionantes 800 mil quilômetros de largura, o que equivale a mais de 62 vezes o diâmetro da Terra. Esse fenômeno, conhecido como "buraco coronal", liberou um jato de material solar em direção à Terra. A imensa abertura na superfície solar ocorre quando os campos magnéticos do Sol se rompem, permitindo que o vento solar escape para o espaço.
As áreas afetadas pelo buraco coronal têm uma temperatura de plasma mais baixa, o que faz com que apareçam mais escuras nas imagens captadas por telescópios ultravioleta. Embora o plasma quente do Sol normalmente seja retido pelos campos magnéticos, um buraco coronal permite que ele se dissipe, liberando grandes quantidades de partículas carregadas.
O jato de partículas expelido por esse buraco está se movendo a cerca de 500 km/s e deve atingir a Terra na sexta-feira (31), podendo gerar uma tempestade geomagnética de nível G1, a mais baixa na escala da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA). Embora essa tempestade não represente grandes riscos, ela pode intensificar as auroras boreais e austrais, tornando-as mais visíveis em regiões próximas aos polos.

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Esses espetáculos de luz ocorrem quando as partículas do vento solar interagem com o campo magnético da Terra e colidem com moléculas de oxigênio e nitrogênio na alta atmosfera, liberando energia na forma de luz colorida. As cores variam de verde e vermelho a azul e violeta, dependendo do tipo de gás e da altitude da colisão.
Embora a previsão indique uma tempestade geomagnética leve, o clima espacial é notoriamente difícil de prever com precisão. Assim, enquanto algumas tempestades podem se mostrar mais fracas do que o esperado, outras podem surpreender com uma intensidade inesperada.