Entre o Sol e a Sombra | Vitor Kley Fala Sobre Luto, Dilemas e Novos Rumos na Carreira
- Redação neonews
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Cantor Vitor Kley abre o coração sobre a perda do pai, o lançamento do novo álbum e o desejo de ganhar um Grammy
(Foto: Divulgação)
No episódio do G1 Ouviu desta quarta-feira (21), Vitor Kley dividiu um lado mais íntimo de sua jornada artística e pessoal. O cantor, conhecido por músicas alto astral como O Sol, falou sobre a criação da canção “Vai por Mim”, presente em seu novo álbum As Pequenas Grandes Coisas, e como ela foi influenciada pela experiência do pai com a depressão.
O ex-tenista Ivan Kley, pai do cantor, faleceu em abril deste ano devido a um tromboembolismo pulmonar. Ele não chegou a ouvir a faixa, o que deixou um sentimento marcante em Vitor."A depressão é uma doença muito traiçoeira, e as pessoas que estão ao redor acabam pisando em ovos: você nunca sabe o que vai ser positivo ou negativo.""Por causa disso, fiquei num dilema entre mostrar ou não para ele. Decidi esperar que ele melhorasse, mas não deu tempo."
Durante o papo, Vitor também refletiu sobre os bastidores da carreira musical e a pressão por constante renovação."Depois que comecei a lançar álbuns, eu percebi que sempre vai ter uma cobrança: de um lado saudável, de outro, mais crítica. Com isso, vem um dilema interno."
Uma novidade do álbum é que Vitor Kley assina, pela primeira vez, a produção musical de suas faixas."Há muito tempo eu venho estudando como encontrar esse caminho da produção. Tinha uma coisa de autossabotagem. Antes, eu achava que não tinha a capacidade de assinar algumas coisas, não é fácil assumir a responsabilidade por tudo. Mas agora chegou a hora de mudar essa história."
Outra surpresa foi a parceria com Marcelo Camelo, ex-Los Hermanos, que produziu duas das faixas do novo trabalho."Eu achava que ele nunca ia gostar das minhas músicas".Foi Camelo quem o incentivou a incluir “Vai por Mim” no álbum. Após uma mensagem pessoal sobre luto, Vitor decidiu lançar a canção composta em 2018.
(Foto: Divulgação)
Mesmo com momentos mais emocionais, Vitor segue sendo associado a uma energia positiva e leve."Na verdade, esse rótulo me alegra. Penso que sou um ponto de luz em um mundo com tanta coisa terrível acontecendo, por mais que eu também faça músicas tristes."
Seu grande hit “O Sol” ainda é um marco em sua trajetória, ao lado de sucessos como A tal canção pra lua, Pupila, Morena e Adrenalizou. No entanto, ele confessa que o sucesso também traz desafios:"O que me irrita é quando estou no show, na 11ª música, e alguém grita: 'O Sol'. Calma, gente! Não vou embora sem cantar essa."
Encerrando a entrevista, o artista revelou qual é o grande sonho que o impulsiona hoje:"Ganhar um Grammy. Nisso é o que eu penso dia e noite. Às vezes estou jogando bola e vem esse pensamento."
