Houve uma época em que a minha vida ficava oculta entre os altos edifícios de crenças e o pequeno feixe de luz que eu ainda possuía dos contextos do certo e errado. Com a presença das minhas crendices, ficava ainda pior conseguir sentir algo grandioso contido dentro dos meus pensamentos.
Fiquei sufocado com o nada e o esperar da vida em me mostrar algo. Cansei...
Então, fui em busca de alternativas e saídas dessas barreiras que me cercavam, e das luzes que ofuscavam a minha visão da vida. Encontrei na fé uma parte não compreendida, a existência da conexão entre a matéria e quem ou o que me criou.
Para cada degrau que atinjo, existe uma pausa de reflexões e agrego novos conhecimentos. Um dia esse degrau chega ao limite onde só me resta subir mais um, pois os lados representam abismos para mundos obscuros e atrás há uma descida de retrocesso dos meus princípios.
Mas, é possível escalar um degrau superior e enxergar um plano além do que sou, sem precisar me recorrer às confusas religiões, mitos, dogmas e filosofias inventadas? É possível sim! E nesse momento já não me importa o quando, nem o como e sim o porquê. Reconheço o ser humano como uma composição de luzes da sua mente, mesmo estando contido nessa matéria densa. Quando o conteúdo dessa luz mental, que está na forma condensada, é submetido a um prisma de valores eu posso notar várias subdivisões dos princípios.
E posso ir mais profundo. Se dentro da minha visão limitada as cores básicas representam os meus atos visíveis, então o que representam as frequências invisíveis como raio-x, gama, ultravioleta, etc.? Seria humildade, amor, justiça? É na generosidade que se mensura o tamanho do homem.
Preciso ampliar o meu modo de pensar e ir além do conhecimento racional, sair dos interesses pessoais, da forma egocêntrica.
Nos pensamentos em forma de energia, eletromagnetismo, ondas, partículas, luz, dentro de uma complexa orquestra universal e em total sintonia que se manifestam como vibrações. E ainda estou no diminuto mundo do conhecimento que é vasto, obscuro e ao mesmo tempo maravilhoso e que se manifesta de forma incompreensível e ilimitado.
Na paciência maior, eu continuarei observando o ser humano, as flores, as estrelas e o universo na sua “infinita” existência.
O meu Criador é o início e a base de todo meu conhecimento. Ele é transcendente e fugaz, inteligível e complexo, é capaz de indicar a minha estrada do desconhecido, que ao mesmo tempo parece estar distante e próximo de mim. É como a existência do universo visível, porém limitado, mesmo com uso de sofisticada tecnologia de observações.
"Envio as minhas mensagens de gratidão para o Universo.
Conhecerei a mim mesmo.
E buscarei os deuses e o universo para então saber o meu próprio destino”.