Sonic 3 foi a despedida eletrizante que honra o legado do ouriço azul e amplia seu universo com ação e emoção
(Foto: Divulgação)
“Sonic 3” chega às telas como a peça final de uma trilogia que superou expectativas e conquistou seu lugar entre as adaptações mais bem-sucedidas dos jogos. Sob a direção de Jeff Fowler , o filme mistura nostalgia e inovação, oferecendo uma narrativa que equilibra humor, drama e ação em alta velocidade. A introdução do icônico Shadow e a volta de Jim Carrey em dose dupla garante intensidade, enquanto a trama aprofunda as relações familiares e o legado heróico do protagonista.
O maior trunfo da longa é a chegada de Shadow , dublado por Keanu Reeves . O anti-herói é tratado com complexidade, carregando um passado sombrio e motivações ambíguas que trazem um tom mais maduro à franquia. Essa profundidade contrasta com a leveza de Sonic (Ben Schwartz) e seus amigos, criando uma dinâmica envolvente. A inclusão de Gerald Robotnik , interpretado pelo sempre carismático Jim Carrey , adiciona camadas ao conflito, conectando o vilão clássico ao novo antagonista de forma coesa e emocionalmente carregado.
Tecnicamente, “Sonic 3” se destaca pelas cenas de ação meticulosamente coreografadas e pelo uso inteligente de efeitos visuais. As perseguições em alta velocidade, saltos entre dimensões e batalhas eletrizantes são visualmente impressionantes, refletindo o legado dos jogos da SEGA . A trilha sonora, que combina batidas eletrônicas modernas com temas clássicos do game, eleva a adrenalina e mantém o ritmo frenético. É um espetáculo para os olhos e ouvidos, fiel às raízes dos videogames e eficaz na transição para o cinema.
No entanto, com tantos elementos novos na trama, alguns personagens secundários acabam perdendo espaço. Tails (Colleen O'Shaughnessey) e Knuckles (Idris Elba), que tiveram papéis mais centrais no filme anterior, são rebaixados a coadjuvantes aqui. Embora suas presenças ainda sejam carismáticas, o foco em Shadow e Gerald rouba a cena, deixando pouco tempo para desenvolver o resto do elenco. Felizmente, o carisma já estabelecido dos personagens impede que eles fiquem desligados, funcionando mais como apoio cômico e emocional para a trama principal.
O humor é um ponto forte e funciona como ruptura em meio às dramáticas. Jim Carrey , em especial, entrega uma performance brilhante, misturando excentricidade e malícia em doses perfeitas. Suas interpretações tanto como Robotnik quanto como Gerald garantem momentos memoráveis, equilibrando a série de Shadow com a leveza que o público espera. Esse balanço impede que o filme se leve a sério demais, mantendo a essência divertida e dinâmica da franquia.
Mesmo com um terceiro ato que acelera para resolver conflitos rapidamente, “Sonic 3” não perde o impacto emocional. As revelações sobre o passado de Shadow e os sacrifícios feitos ao longo da jornada de Sonic trazem um fechamento de pressão. O roteiro de Pat Casey e Josh Miller consegue amarrar os temas de amizade, redenção e heroísmo de forma orgânica, garantindo que o filme termine em alta sem perder o fôlego.
Em suma, "Sonic 3" entrega exatamente o que se espera de um capítulo final: ação de tirar o fôlego, humor irresistível e um final emocionante. É uma homenagem à trajetória proposta, mas triunfante, de uma franquia que transformou um ícone dos jogos em estrela de cinema. Para os fãs de longa data e os novos admiradores do ouriço azul, o filme prova que algumas corridas só terminam com a bandeira quadriculada.
Ficha técnica
Nome: Sonic 3
Onde Assistir: Cinema
Categoria: Ação/Aventura
Duração: 1h 49min
Nota 4/5