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Crítica | Call of Duty: Black Ops 6

  • Foto do escritor: Redação neonews
    Redação neonews
  • 4 de fev.
  • 3 min de leitura

Call of Duty: Black Ops 6 – A Nostalgia da Guerra Fria em um Thriller de Ação


Jogo - Call of Duty: Black Ops 6
Jogo - Call of Duty: Black Ops 6

(Foto: Divulgação Call of Duty)



"Call of Duty" é sinônimo de sucesso, mas também de ciclos previsíveis. Há anos, a franquia se equilibra entre inovação e repetição, buscando formas de manter seu público fiel sem arriscar demais. "Black Ops 6" não é o jogo que revoluciona a série, mas é um dos que melhor entendem a essência daquilo que torna Call of Duty viciante. O título, liderado pela Treyarch, busca refinar os elementos que já funcionam, entregando uma campanha cinematográfica intensa, um multiplayer ágil e um modo Zombies que, embora divisivo, mantém a identidade caótica e divertida que conquistou os fãs.


A grande estrela do jogo é a campanha, ambientada nos anos 1990 e continuando os eventos de Black Ops Cold War. Dessa vez, acompanhamos uma equipe liderada por Frank Woods em uma missão clandestina, sem o suporte da CIA, o que adiciona um tom conspiratório e paranoico à narrativa. A história pode não surpreender em termos de reviravoltas, mas compensa com um ritmo envolvente e mecânicas que quebram a linearidade tradicional da franquia. Fases com elementos furtivos, missões que lembram thrillers de espionagem e até mesmo toques de terror dão um frescor bem-vindo à experiência. Um dos grandes acertos está na possibilidade de explorar e aprimorar uma base secreta, chamada Rook, o que fortalece a identidade do jogo como uma aventura de espiões, e não apenas um tiroteio desenfreado.


Tecnicamente, "Black Ops 6" brilha com a expertise da Treyarch. O design de som é impecável, desde os efeitos realistas das armas até a trilha sonora que intensifica a tensão nas missões mais sigilosas. O jogo aproveita a potência dos novos consoles para entregar gráficos refinados, iluminação dinâmica e ambientes densamente detalhados, criando cenários que alternam entre os belos e os opressores. A movimentação ágil e os controles responsivos são o padrão ouro da série, mantendo a adrenalina sempre no auge. Além disso, as missões mais abertas permitem múltiplas abordagens, incentivando a experimentação e ampliando a rejogabilidade.


No multiplayer, a experiência continua sendo rápida, caótica e extremamente viciante. As mudanças nos loadouts e perks não são revolucionárias, mas mantêm o equilíbrio entre acessibilidade para novatos e profundidade para veteranos. A sensação de vitória em um confronto acirrado, o impacto de um Double Kill ou a glória de liderar o placar continuam tão satisfatórios quanto sempre foram. No entanto, o design de mapas é inconsistente, com algumas arenas frustrantes que incentivam um estilo de jogo travado e menos dinâmico. A ausência de um novo clássico instantâneo no nível de Nuketown é sentida, ainda que o mapa icônico continue presente.


O modo Zombies, sempre um dos pilares dos títulos Black Ops, traz uma abordagem que pode dividir os fãs. A integração de elementos do multiplayer competitivo, como pontuações e classes ajustáveis, adiciona uma camada estratégica interessante, mas também tira um pouco da essência caótica e imprevisível dos primeiros Zombies. A narrativa continua absurdamente divertida, com conspirações bizarras e um tom menos sério que a campanha. Ainda assim, muitos jogadores podem sentir falta de um modo mais tradicional, sem tantas mecânicas adicionais. Uma opção para jogar rounds clássicos, sem distrações, seria uma adição bem-vinda.


Se "Black Ops 6" não se torna um marco como Modern Warfare 2 (2009) ou o Black Ops original, ele ao menos resgata o melhor da franquia e entrega uma experiência que entende o que os jogadores querem. Não há revoluções, mas há refinamento e uma execução cuidadosa de tudo que tornou Call of Duty um fenômeno global. Para quem está afastado da série há alguns anos, o jogo chega no momento certo, oferecendo uma campanha envolvente, um multiplayer viciante e um modo Zombies que, apesar das mudanças, continua insano.


Com um equilíbrio entre nostalgia e evolução, "Call of Duty: Black Ops 6" prova que a franquia ainda tem fôlego. Pode não ser um divisor de águas, mas é um lembrete poderoso de por que CoD continua dominando os shooters mesmo após quase duas décadas de lançamentos anuais. Se você sente falta de um Call of Duty que entrega uma campanha memorável e um multiplayer que prende por horas, essa pode ser sua melhor chance de voltar ao campo de batalha.




Ficha Técnica


Nome: Call of Duty: Black Ops 6

Categoria:  FPS

Plataformas: PlayStation 5, Xbox Series X e Series S, PlayStation 4, Xbox One, Xbox Cloud Gaming, Microsoft Windows


Nota 4/5



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