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Crítica | Avowed

  • Foto do escritor: Redação neonews
    Redação neonews
  • 27 de fev.
  • 3 min de leitura

Jogo Avowed é uma jornada intensa e imersiva, mas com limitações que podem frustrar os mais aventureiros


Jogo - Avowed
Jogo - Avowed

(Foto: Divulgação Call of Duty)



Avowed foi um choque de escala e proposta. Desenvolvido pela Obsidian Entertainment, o novo RPG de ação da Xbox Game Studios se passa nas misteriosas Terras Férteis, uma ilha ao norte do mundo de Pillars of Eternity. Com a promessa de uma narrativa mais coesa e mecânicas de RPG refinadas, o jogo se posiciona como uma experiência intensa, porém mais contida, algo que a desenvolvedora já fez com maestria em The Outer Worlds e Fallout: New Vegas. Mas será que essa abordagem mais linear funciona em um universo tão rico?


A customização de personagens em Avowed impressiona, permitindo que os jogadores criem verdadeiras aberrações dentro da estética do mundo. A liberdade não se restringe apenas à aparência: o game possibilita ser jogado tanto em primeira quanto em terceira pessoa. No entanto, a experiência na visão em terceira pessoa deixa a desejar, parecendo menos fluida e natural. Optando pelo modo FPS, mergulhei em uma jornada de aproximadamente 45 horas, explorando quatro biomas distintos que, apesar de únicos, compartilham um elemento essencial: a natureza exuberante. O design dos cenários se destaca, com cores vibrantes e paisagens detalhadas que realmente fazem as Terras Férteis parecerem vivas.


As missões paralelas, uma marca registrada da Obsidian, são um ponto controverso aqui. O jogo oferece muito para explorar, mas a necessidade de completar side quests para progredir na história principal pode tornar a jornada mais burocrática do que prazerosa. Comparações com Skyrim eram inevitáveis, mas a própria Obsidian tratou de afastá-las, se aproximando mais da estrutura de The Outer Worlds. A exploração é incentivada com diversas rotas alternativas e mecânicas de interação variadas, como encontrar itens de missão antes mesmo de aceitá-las. Contudo, essa liberdade também pode gerar problemas, como um bug que me impediu de concluir uma missão de caça porque eliminei o monstro antes de receber o objetivo.


O sistema de companions em Avowed é funcional e traz boas dinâmicas para o combate e exploração. Kai, o primeiro companheiro encontrado, já dá o tom dessa mecânica, permitindo interações que desbloqueiam caminhos específicos. A limitação de dois aliados simultâneos pode parecer restritiva, mas ajuda a manter o jogo mais organizado. Cada companheiro tem habilidades únicas que influenciam tanto a jogabilidade quanto a progressão narrativa. Além disso, suas histórias pessoais enriquecem a trama, e a forma como se relacionam com o protagonista dá uma profundidade interessante ao grupo.


O combate é um dos pontos altos do jogo, trazendo combinações inusitadas como grimórios mágicos e revólveres, proporcionando uma experiência tática e divertida. Jogando como mago, utilizei grimórios para conjurar magias e varinhas para ataques rápidos, criando combos satisfatórios e dinâmicos. A troca rápida de loadouts entre armas corpo a corpo e mágicas adiciona uma camada estratégica ao gameplay, permitindo adaptação rápida em diferentes situações. No entanto, a variedade de inimigos decepciona um pouco, com cerca de dez tipos básicos de adversários que se repetem ao longo da campanha.


O sistema de progressão apresenta falhas notáveis. Embora seja possível encantar armas e realizar upgrades, esses sistemas acabam sendo pouco úteis na primeira metade do jogo, já que os equipamentos comprados sempre se sobressaem aos melhorados. Isso força o jogador a vender constantemente seus itens em vez de investir neles, o que pode diminuir a sensação de conquista ao encontrar armas raras. Por outro lado, o sistema de culinária compensa essa deficiência, sendo essencial para a sobrevivência. Criar comidas que regeneram vida, mana e concedem buffs temporários se torna uma mecânica valiosa e bem implementada.


Mas a maior decepção de Avowed vem no final: não há exploração pós-jogo. Após derrotar o chefe final, a aventura simplesmente termina, obrigando o jogador a recomeçar do zero para explorar aspectos não vistos anteriormente. Para um RPG que incentiva tanto a exploração, essa decisão parece um retrocesso. Apesar dessa limitação, Avowed prova mais uma vez a competência da Obsidian em contar boas histórias e entregar um jogo envolvente, mesmo que suas escolhas de design possam frustrar os que esperavam um mundo mais aberto e expansivo. No fim, é uma jornada empolgante, mas que deixa um gosto agridoce para aqueles que queriam continuar sua aventura nas Terras Férteis.




Ficha Técnica


Nome: Avowed

Categoria:  RPG


Nota 4/5



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