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Crítica | Acompanhante Perfeita

  • Foto do escritor: Redação neonews
    Redação neonews
  • 11 de fev.
  • 3 min de leitura

O filme Acompanhante Perfeita foi entre reviravoltas e insegurança, o longa tenta, mas infelizmente não chega lá


Filme - Acompanhante Perfeita
Filme - Acompanhante Perfeita

(Foto: Divulgação)



Desde sua divulgação, Acompanhante Perfeita gerou expectativas por estar ligado ao mesmo tempo criativo de Noites Brutais , um dos horrores mais instigantes de 2022. No entanto, essa conexão se dá apenas na produção, já que o diretor Zach Cregger, responsável pelo sucesso anterior, acabou repassando a direção para Drew Hancock, que estreia no comando de um longa-metragem. O resultado? Um filme que tenta replicar o impacto de seu antecessor, mas perde a execução, resultando em um suspense que flerta com grandes ideias sem conseguir concretizá-las de forma convincente.


A história acompanha Iris (Sophie Thatcher) e Josh (Jack Quaid), um casal que viaja com amigos para um retiro isolado. O que parecia um simples final de semana se transforma em um teste de relacionamento, explorando as expectativas românticas e os desafios da convivência real. O roteiro de Hancock se esforça para inserir reviravoltas e pistas ao longo do caminho, convidando o espectador a montar o quebra-cabeça junto com os personagens. No entanto, a tentativa de criar um thriller psicológico engenhoso nem sempre se sustenta, pois a execução das surpresas, ao invés de surpreender, muitas vezes parece calculada demais para chocar.


Uma das propostas mais interessantes do filme é sua abordagem estética das relações idealizadas. Em vez de cair em discursos óbvios sobre abuso ou libertação feminina, o Acompanhante Perfeita prefere tratar essas questões de forma visual. A influência de Sofia Coppola na caracterização de Iris é evidente, reforçando uma noção de feminilidade aprisionada em um universo de fantasias inalcançáveis. No entanto, essa estética não encontra um suporte narrativo à altura. Sophie Thatcher se esforça para imprimir profundidade à personagem, mas muitas vezes acaba exagerando nas expressões, enquanto o restante do elenco, com exceção de Harvey Guillén, entrega performances dramáticas sem o mesmo peso.


Guillén, aliás, é um dos destaques do filme. Seu personagem, um dos amigos do casal, serve como ponte entre o subtexto do longa e sua tentativa de se firmar no gênero do terror. Diferente do que Cregger fez em Noites Brutais , onde usou seu afresco como cineasta para reinventar clichês e brincar com as expectativas do público, Hancock se mostra um diretor inseguro, hesitante em suas escolhas. Isso se reflete especialmente nas cenas de tensão: os momentos que deveriam causar impacto acabam sendo diluídos pela falta de ousadia na direção, tornando Acompanhante Perfeita um suspense tímido.


O problema central do filme é sua falta de identidade. Se não quiser reinventar o gênero, poderia ao menos ser eficiente dentro da fórmula tradicional, mas nem isso consegue fazer de forma satisfatória. As cenas de terror não são particularmente inovadoras, os diálogos muitas vezes parecem reciclados de outros thrillers, e as reviravoltas, embora bem pensadas no papel, não causam o impacto necessário para elevar o longo a algo atualizado. É um filme que flerta com conceitos instigantes, mas não se compromete a desenvolvê-los de maneira satisfatória.


No fim das contas, o Acompanhante Perfeita acaba sendo um passatempo que entrega menos do que promete. Há ideias espalhadas ao longo do filme, mas falta a energia criativa necessária para transformar esses fragmentos em uma narrativa envolvente. Para quem busca um suspense leve, sem grandes pretensões, o longo pode até entreter. Mas para aqueles que esperavam algo à altura das Noites Brutais , a experiência pode ser frustrante.



 

Ficha Técnica


Nome: Acompanhante Perfeita

Onde Assistir: Cinema

Categoria:  Terror / Ficção Científica

Duração: 1h e 37min


Nota 3/5


 

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