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Café ou Enganação? Como Identificar os “cafés fake” e Evitar Armadilhas no Supermercado

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    Redação neonews
  • há 2 dias
  • 3 min de leitura

Três marcas foram proibidas pela Anvisa por apresentarem produtos que imitam café, mas que não contêm o grão; entenda como se proteger dessas fraudes


Três marcas foram proibidas pela Anvisa por apresentarem produtos que imitam café, mas que não contêm o grão; entenda como se proteger dessas fraudes
Café

(Foto: Divulgação)


Você já reparou que alguns produtos nas prateleiras de supermercados parecem café, têm cheiro de café, mas custam muito menos do que o habitual? Esse tipo de produto, apelidado de "café fake", está no centro de uma polêmica envolvendo saúde pública, publicidade enganosa e segurança alimentar.


“A Agência Nacional de Vigilância Nacional (Anvisa) proibiu a fabricação e venda de três marcas de ‘pó para preparo de bebida sabor café’, apelidados de ‘café fake’.”


Esses produtos não são tecnicamente café. Eles imitam as embalagens de marcas tradicionais incluindo cores, fontes e imagens de xícaras fumegantes mas escondem, em letras pequenas, a real natureza do conteúdo: “pó sabor café”, feito muitas vezes com milho, cevada ou outros ingredientes que nada têm a ver com o grão.


“O problema desses produtos é que eles utilizam no rótulo elementos visuais dando a entender que se trata de café, quando, na verdade, o que tem dentro da embalagem é outro componente”, diz Mariana Ribeiro, nutricionista do programa de Alimentação Saudável e Sustentável do Instituto de Defesa de Consumidores (Idec).


As marcas Melissa, Pingo Preto e Oficial foram desclassificadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) em março deste ano e agora também proibidas pela Anvisa. Os produtos apresentaram risco à saúde por conter toxinas e por não deixarem claro o que realmente havia em sua composição.


Algumas dessas marcas, por exemplo, utilizam “polpa do café”, um resíduo colado à casca do fruto, que não pode ser completamente separado da impureza, conforme alerta a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic).


A legislação brasileira prevê até 1% de impurezas naturais (como cascas e galhos) no pó de café. No entanto, elementos estranhos, como grãos de milho, trigo ou cevada, são proibidos. Quando esses itens aparecem em uma mistura rotulada como café, trata-se de uma adulteração intencional ou, em outras palavras, fraude.


“Apesar do apelido ‘café fake’, o governo ainda investiga se ele pode ser considerado uma fraude”, informou Hugo Caruso, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Ministério da Agricultura.





A forma mais segura de evitar ser enganado é ler atentamente a embalagem. Produtos considerados “café” devem conter somente grãos de café torrado e moído. Fique atento a expressões como “pó para preparo de bebida sabor café” isso indica que há outros ingredientes envolvidos.


Além disso, desconfie de preços muito abaixo do mercado. Em janeiro, pacotes de 500g de “pó saborizado” eram vendidos por até R$ 13,99, enquanto o café tradicional costuma ser mais caro.


Segundo Mariana Ribeiro, a situação lembra o caso de “iogurte versus bebida láctea”: “A questão é que a composição deles é diferente, por mais que, às vezes, algumas estratégias publicitárias te façam acreditar que você está levando uma coisa, enquanto na verdade é outra.”


Outro alerta importante: muitos desses “cafés fake” não informam a proporção de café na receita, nem a quantidade de impurezas. Em alguns casos, o grão nem sequer está presente. E o uso de aromatizantes transforma o produto em um alimento ultraprocessado bem diferente do tradicional cafezinho brasileiro.


O que a gente vê na maioria desses casos é que o produto não é café. Ele tem uma estratégia que está levando o consumidor ao engano”, reforça Mariana Ribeiro, do Idec.




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