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A Surpreendente História da Árvore de Natal | De Símbolo Pagão a Tradição Global

  • Foto do escritor: Redação neonews
    Redação neonews
  • 8 de dez. de 2024
  • 3 min de leitura

Como um simples pinheiro se transformou no ícone de celebração e união em todo o mundo


Como um simples pinheiro se transformou no ícone de celebração e união em todo o mundo
Árvore de Natal

(Foto: Divulgação)


A cada dezembro, milhares de pessoas ao redor do mundo seguem uma tradição peculiar: saem em busca de uma árvore, a levam para dentro de suas casas, decoram-na com luzes e enfeites e, no início de janeiro, se desfazem dela sem cerimônia. Pode parecer um ritual inusitado, mas a árvore de Natal tem uma história fascinante que remonta à antiguidade e atravessa culturas e continentes.


“Os pinheiros em festivais de inverno são tradicionais desde a antiguidade, significando a vitória da vida e da luz sobre a morte e as trevas”, explica Carole Cusack, professora de estudos religiosos da Universidade de Sydney. Originalmente, as árvores de Natal estavam ligadas a festivais pagãos celebrando o solstício de inverno. No norte da Europa, especialmente em regiões com florestas de pinheiros, os festivais usavam esses arbustos como símbolos da renovação e do renascimento da natureza, representando o retorno da luz após o longo inverno.


Embora seja difícil precisar onde e quando a árvore de Natal moderna surgiu, diversos países se orgulham de serem os berços dessa tradição. A Letônia e a Estônia, por exemplo, competem pela honra de terem sido o local da primeira árvore decorada, com ambas as nações apontando para o século 15 como o marco inicial. No entanto, historiadores sugerem que essas festividades não estavam necessariamente relacionadas ao Natal, o que faz com que a verdadeira origem da tradição permaneça envolta em mistério.


Cusack acredita que a árvore de Natal, como conhecemos hoje, tenha se originado na região da Alsácia, no século 16 (atualmente parte da França, mas na época território alemão). Registros históricos indicam que uma árvore de Natal foi erguida na catedral de Estrasburgo em 1539, e essa tradição rapidamente se espalhou por toda a Europa. Uma das primeiras referências à árvore iluminada de Natal é atribuída a Martinho Lutero, que, segundo a lenda, teria decorado uma árvore com velas após um passeio noturno pela floresta.


O costume se consolidou ainda mais na Alemanha e foi levado para outros países com a migração das famílias alemãs. No século 18, as árvores de Natal já eram parte da celebração do Natal em grande parte da Europa, mas foi a Família Real Britânica que popularizou a tradição em nível global.


Como um simples pinheiro se transformou no ícone de celebração e união em todo o mundo
Árvore de Natal

(Foto: Divulgação)


A imagem rapidamente se espalhou, tornando-se um símbolo icônico da época e fazendo com que as famílias em todo o mundo adotassem a tradição. A Rainha Vitória, considerada uma das figuras mais influentes de sua época, ajudou a solidificar as árvores de Natal como um marco da temporada de festas.


Nos Estados Unidos, a tradição das árvores de Natal foi trazida pelos imigrantes alemães no século 18, mas foi apenas no século 19 que se popularizou de fato, especialmente após a publicação da imagem da família real. A partir daí, a tradição cresceu, e as grandes cerimônias de iluminação de árvores, como a famosa do Rockefeller Center em Nova York, passaram a ser esperadas com ansiedade todos os anos.


Além disso, a árvore de Natal se espalhou por outros países, incluindo a Rússia, onde a tradição das árvores de Natal foi substituída por celebrações de Ano Novo durante o período soviético. No entanto, a partir da década de 1930, a árvore de Natal voltou a ser popular, embora com um enfoque renovado no Ano Novo, mais do que no Natal.


Curiosamente, até mesmo a Antártida fez sua contribuição para as tradições natalinas. Em 1946, uma expedição à Antártida celebrou o Natal com uma árvore de Natal feita de um abeto falso, amarrado ao mastro de um navio. Anos depois, na Estação Amundsen-Scott, uma árvore feita de sucata passou a ser decorada todos os anos, criando uma curiosa tradição em um continente sem árvores naturais.


Em outras partes do mundo, como na Grécia, a tradição das árvores de Natal foi substituída por barcos decorados, um símbolo de boas-vindas aos marinheiros. E na Escandinávia, as árvores de Natal são despojadas de suas decorações em uma celebração peculiar no dia de São Canuto, onde as crianças se deliciam com doces pendurados nas árvores antes de elas serem jogadas fora.


Como um simples pinheiro se transformou no ícone de celebração e união em todo o mundo
Árvore de Natal

(Foto: Divulgação)


A árvore de Natal, que começou como um símbolo pagão de celebração da luz e da vida, evoluiu ao longo dos séculos, sendo adaptada por diversas culturas e ganhando novos significados. Hoje, é um dos símbolos mais reconhecidos do Natal, trazendo união, alegria e um toque de magia a lares de todo o mundo. Seja em Nova York, na Rússia, ou até na Antártida, a árvore de Natal continua a ser um poderoso símbolo de celebração, tradição e esperança.




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